segunda-feira, 29 de junho de 2009

Sea Shepherd tem agora poderoso barco para enfrentar baleeiros japoneses


Independentemente dos resultados alcançados pela CBI, Comissão Baleeira Internacional, reunida em Funchal, Ilha da Madeira, Portugal (22 a 26 de junho), uma coisa é certa: os ativistas em defesa dos animais saem da reunião mais que satisfeitos. O que os levou a essa alegria toda talvez não fossem os resultados burocráticos e cheios de interesses, mas sim o anúncio pelo Sea Shepherd, o mais radical defensor das baleias, de que o barco futurista e recordista de circum-navegação Earthrace irá combater os baleeiros japoneses na próxima temporada.
O Earthrace
É o barco mais moderno e rápido do mundo. Construído em 2004 na Nova Zelândia com o objetivo de bater o recorde de circum-navegação, é um barco completamente diferente do usual. Possui um design completamente inovador e consome somente biodiesel. Foi feito para superar as condições do mar de maneira completamente diferente, submergindo nas ondas maiores, evitando que a estrutura seja danificada e também perder velocidade. Com 24 metros de comprimento e pesando 23 toneladas quando cheio de combustível, o Earthrace pode navegar com uma tripulação de apenas quatro pessoas. Já foi testado em ondas de mais de 12 metros com ventos de 40 nós e bateu o recorde de circum-navegação em 60 dias, 23 horas e 49 minutos. Com essas qualidades e sua grande velocidade, torna-se um instrumento perfeito para interpor-se entre as baleias e os arpões dos navios japoneses.
Uso do Earthrace pelo Sea Shepherd
Para quem não sabe, o Sea Shepherd, comandado pelo capitão Paul Watson, é a organização em defesa dos animais mais radical do mundo. Enquanto organizações conhecidas como radicais, como o Greenpeace, colam cartazes em lugares inusitados ou navegam com pequenos barcos em frente às baleeiras japonesas, o pessoal do Sea Shepherd simplesmente parte com seus navios para o abalroamento dos navios japoneses, com grande risco e causando milhões em prejuízos aos japoneses, isto sem contar a parte legal, quando as empresas de pesca japonesas tentam processar os ativistas radicais. Assim, quando foi anunciado pela referida entidade que para a próxima temporada de caça será usado o Earthrace, foi mesmo uma grande surpresa e motivo de alegria para os defensores das baleias, pois pelo visto os acordos nunca são respeitados, só restando aos defensores o uso da força.
Quando Paul Watson deu a notícia de que pode adquirir e juntar o Earthrace ao SS Steve Irwin, navio atual, para combater as baleeiras na próxima temporada, foi mesmo uma surpresa. Claro que a notícia foi dada do lado de fora da conferência, pois Watson não pôde entrar nesta. “Nós o usaremos para interceptar e obstruir arpões”, disse o capitão Paul Watson.
O Earthrace perderá sua cor alumínio e será pintado de preto, a cor do Sea Shepherd, e será a mais poderosa arma já vista num movimento de defesa dos animais. Mas, segundo o capitão, o barco em si não será a arma principal, mas sim as câmeras de vídeo usadas para mostrar o pouco caso que os japoneses fazem dos tratados e do mundo. O navio Steve Irwin também receberá tratamento especial para reparos na forma de $500.000, pois saiu danificado em conflitos com os japoneses no início do ano.
Dentro da conferência
Os japoneses que vêm descumprindo a moratória de 1986, caçando todos os anos mais de 800 baleias, alegando sempre a mesma desculpa de “fins científicos”, pediram à Austrália para impedir que o navio Steve Irwin deixe o porto no próximo verão antártico, mas claro que seus argumentos não serão levados em consideração. Japoneses reclamaram ainda da Nova Zelândia com referência ao Earthrace, o que de nada vai adiantar.
Assim, além da já acirrada opinião mundial em defesa das baleias, das inúmeras organizações defensoras, se junta contra essa caça sem sentido e ilegal uma arma poderosa no sentido de cativar ainda mais a opinião mundial, a vontade férrea e a coragem do capitão Paul Watson e o futurístico Earthrace, algo que jamais se esperava que viesse a contribuir para a causa da natureza e da defesa dos animais.

domingo, 28 de junho de 2009

Feijoada sem carne

O feijão fornece boas quantidades de proteína vegetal e tem um alto teor de hidratos de carbono complexos, de absorção lenta, e fibras. Nesta receita, os restantes legumes contribuem com uma quantidade extra de vitaminas, sais minerais e fibra.
Ingredientes:250 g de feijão vermelho seco3 cebolas1 pimento verde2 pimentos vermelhos2 courgettes4 tomates grandes maduros4 dentes de alho2 colheres de sopa de azeite1 colher de sopa de colorau2 folhas de louro1 colher de chá de manjericão picadoSal e pimenta, a gosto
Preparação:1º Deixe o feijão de molho, na véspera, em bastante água. Escorra-o, lave-o e coza-o em água salgada durante 20 a 25 minutos (se utilizar feijão enlatado e já cozido, passe esta etapa).2º Corte o alho e a cebola grosseiramente, os pimentos em cubos e os courgettes em fatias, e salteie-os ligeiramente no azeite quente.3º Acrescente o feijão cozido, e os tomates sem pele, cortados em bocados. Junte um pouco de água e os restantes temperos. Deixe cozer em lume brando durante cerca de 1 hora, para apurar bem os sabores.
Sugestão: acompanhe com arroz cozido ou outro cereal à escolha.

A saúde nos frutos


Os frutos exercem uma grande influência sobre o nosso organismo, pois contêm princípios activos, ricos em vitaminas, extraídos da polpa, da casca e até mesmo do caroço que constituem uma fonte de bem-estar. Para além de conterem poucas ou nenhumas proteínas ou gorduras, são um grande recurso de energia que provém da grande quantidade de hidratos de carbono que se encontra, normalmente, sobre a forma de frutose e de glucose.
LaranjasAs laranjas são famosas por serem ricas em vitamina C - essencial para a saúde. Ao contrário do que é habitual na fruta, as laranjas fornecem folato, uma vitamina B, que pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares e espinha bífida nos bebés. Mas as suas propriedades medicinais permitem muito mais. Para além de prevenir gripes e resfriados, desintoxica o organismo, permite um bom funcionamento dos intestinos e tem a capacidade de manter as gengivas fortes e saudáveis.
MaçãsAs maçãs desempenham um papel importante no nosso bem-estar, não apenas pelas vitaminas, minerais e fibras que fornecem, mas também pelos antioxidantes adicionais que contêm. Como tal, é válido afirmar que actuam como adstringentes dos órgãos. Assim, o seu consumo regular pode ajudar a baixar os níveis elevados de colesterol e reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Quando maduras, são usadas pelas suas propriedades laxantes. No tempo dos Romanos eram usadas para tratar sintomas de palpitações e melancolia.
PêssegosCom origem nas montanhas do Tibete e da China, os pêssegos foram cultivados pela primeira vez em 3000 a.C. Por volta de 2000 a.C. chegaram à Grécia e o resto da Europa não tardou em beneficiar nutritivamente deste fruto. A sua macieza torna-o ideal para tratar inflamações agudas do estômago. No entanto, a presença de antioxidantes como os carotenos, flavonóides e vitamina C, fazem dele uma importante "ferramenta" no combate às doenças cardiovasculares, à gengivite, à infertilidade masculina e à tensão arterial alta.
AbacateO abacate apesar de ser um fruto é na maioria das vezes associado aos legumes, uma vez que é muito utilizado na culinária. De textura macia e sabor suave, pode ser usado para fazer molhos ou sopas frias. A polpa e a gordura do abacate são, há muito, empregues em cuidados de beleza, no tratamento da pele, fama que advém da sua riqueza em vitamina E e A. Pensa-se que alguns dos seus componentes químicos estimulam a produção de colagénio, que ajuda a suavizar as rugas, conferindo à pele um aspecto fresco e saudável.
AlpercesO alperce teve origem na Ásia Ocidental e espalhou-se pela Europa por intermédio dos Árabes. O seu sabor doce provém da elevada proporção de hidratos de carbono e sacarose que contém, e a cor da sua polpa e casca deve-se a um pigmento antioxidante - o betacaroteno. Tradicionalmente são recomendados para tratar doenças pulmonares, como a asma, para prevenir a cegueira nocturna e diminuir o risco de cancro do estômago e do pulmão.
UvasEste fruto é um alimento refrescante e energético, tradicionalmente usado para tratar problemas como a artrite e o reumatismo. Pela sua variedade de fitonutrientes, nomeadamente pela grande quantidade de potássio, as uvas também são usadas para aliviar a retenção de líquidos e a micção dolorosa. Mas o poder medicinal deste fruto, nomeadamente o seu sumo, produz efeitos positivos nos distúrbios hepáticos, como a hepatite e a icterícia.
AnanásAs propriedades medicinais do ananás foram reconhecidas e exploradas pelos sul-americanos, que foram os primeiros a cultivá-lo. Eles usavam o seu sumo como digestivo e para manter a pele limpa. Por sua vez, os guerreiros aplicavam cataplasmas do fruto em feridas e usavam as folhas como ligaduras. Este fruto sumarento e perfumado está repleto de enzimas benéficas para o tratamento de coágulos sanguíneos susceptíveis de causar tromboses.
PerasNa medicina popular, as peras fazem parte da alimentação dos diabéticos, pois possuem um índice glicémico baixo. Por outro lado, têm a capacidade de manter estáveis os níveis de colesterol, porque contém bastantes fibras solúveis. Assim, as peras constituem um excelente snack ou uma sobremesa para as pessoas com o colesterol muito elevado. Mas a sua ingestão também permite aliviar a prisão de ventre e obstrução da vesícula.

sábado, 27 de junho de 2009

Livro defende a libertação animal


Os movimentos sociais contra a discriminação racial e sexual, a favor dos direitos dos trabalhadores, do meio ambiente e outros têm obtido êxito. Mas o movimento pelos direitos dos animais carece de apoio, embora seja fortemente vinculado aos direitos humanos.
Em Manifesto pelos Direitos dos Animais, Rafaella Chuahy reflete sobre as condições de sobrevivência dos bichos e os constantes maus-tratos de que são vítimas. A autora mostra como o crescimento da indústria agropecuária, o interesse desenfreado das transnacionais, o aumento do consumo de carne em países ricos e sua produção em países pobres, como também o uso excessivo de água, a fome no mundo, a caça e o tráfico ilegal de animais estão interligados e levam a um único resultado: o fim dos recursos naturais, do meio ambiente e da nossa espécie.
Rafaella mostra que ainda é possível criar uma cultura que não viva da exploração alheia, principalmente de indefesos. Esse movimento é abrangente e de grande importância no século XXI, pois pode salvar os animais e a nós mesmos. O fim da indústria e da exploração animal, associado a uma política correta de distribuição adequada de comidas vegetarianas e orgânicas, pode levar a um desenvolvimento sustentável, visando ao fim da fome mundial e ao bem-estar de humanos e animais.
Sobre a autora
Rafaella Chuahy nasceu no Rio de Janeiro, onde viveu até os 18 anos. Mudou-se então para Washington, nos Estados Unidos. Lá, onde vive até hoje, com o marido, os dois filhos e duas gatas, fez faculdade de Ciências Políticas e Criminologia e começou a interessar-se pelo movimento em prol dos direitos dos animais, tornou-se vegetariana e integrou-se a vários grupos de defesa, como o PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), a ASPCA (The American Society for the Prevention of Cruelty to Animals) e o WWF (World Wildlife Fund).
Serviço:
Manifesto pelos Direitos AnimaisRafaella ChuahyEditora Record256 páginasPreço: R$ 30,00Formato: 14 x 21 cmISBN: 978-85-01-08197-1

Funcionários de hospital são punidos por terem socorrido um gato


Quatro profissionais da saúde de Campos Novos, no Meio-Oeste de Santa Catarina, estão afastados de suas funções por, no mínimo, 30 dias. A medida foi tomada depois que uma servidora pública municipal levou o gato de estimação para ser atendido no pronto-socorro de um hospital da cidade. Três sindicâncias foram abertas para investigar o fato.
A veterinária Maria Angélica Soares, que havia um mês atuava na Vigilância Sanitária do município, percebeu que o seu gato persa, chamado Guilherme, estava passando mal por volta das 18h30 de quarta-feira. O animal enfrentava problemas respiratórios e estava tendo uma crise de falta de ar. Em casa, antes de levá-lo ao pronto-socorro do Hospital Dr. José Athanásio, ela disse ter ligado para clínicas específicas, mas não encontrou nenhum local aberto, já que era feriado no município.
Em desespero, ela contou ter levado o gato a uma farmácia para que o animal fosse posto no oxigênio. Como não encontrou tubo disponível, levou Guilherme ao pronto-socorro da unidade hospitalar. Na sala de emergência, um médico e três auxiliares de enfermagem atenderam o animal e o colocaram no oxigênio durante 10 minutos. O gato morreu ao deixar o hospital.
“Eu vi meu animal de estimação agonizar nas minhas mãos em função da asfixia. Não medi esforços para salvar a vida dele, estava desesperada e não consegui pensar em nada senão em lhe tirar daquela situação. Não raciocinei e tampouco agi de má-fé, queria apenas que meu gato voltasse a respirar. Quem ama os animais, entende minha posição”, disse Maria Angélica.
A médica-veterinária reconhece que a atitude de procurar socorro em um local específico para atendimento humano foi impensada e acredita sofrer pressões de “inimigos”, por conta do seu trabalho de fiscalização na Vigilância.
A direção do hospital reprovou veementemente o fato. Para a administradora da instituição, Marliese da Cass Mecabô, o socorro médico ao gato em plena emergência hospitalar remete a uma série de erros cometidos pelos cinco envolvidos: médico plantonista e três auxiliares de enfermagem, que não tiveram os nomes divulgados, além de Maria Angélica.
“Ela (a dona do animal) não deveria ter procurado o hospital, e os nossos profissionais, em hipótese alguma, poderiam realizar o atendimento. Estamos muito decepcionados e lamentamos a falta de ética das pessoas que se envolveram na situação”, afirmou Marliese.
Segundo a administradora, os equipamentos utilizados no atendimento foram descartados; a sala passou por desinfecção, esterilização e bacterioscopias (exames que detectam se há algum resquício de contaminação) e está interditada. O hospital instaurou processo disciplinar administrativo para apurar as circunstâncias do fato e os profissionais estão afastados por até 30 dias. A prefeitura informou que a médica-veterinária é concursada, está em estágio probatório e ficará afastada da função por 60 dias.
O médico que atendeu o gato responderá uma sindicância no Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC), assegurou o oftalmologista e integrante do CRM, Elcio Luiz Bonamigo. O profissional poderá receber uma censura ou advertência.
“Este jovem médico, de 21 anos, é recém-formado, não tem experiência na área e trouxe sérios problemas da graduação. Feriu dois princípios que regem a Medicina, a ação em beneficio e zelo à saúde e busca constante pela melhoria dos padrões de serviços médicos. Vamos instaurar a sindicância na próxima semana e aplicar-lhe uma penalidade”, afirmou Bonamigo.
Assista à reportagem no site da RBS TV
Fonte: Diário Catarinense

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Impasse ameaça comissão que controla caça a baleias


Um impasse entre países que defendem e condenam a caça às baleias está ameaçando a credibilidade da Comissão Baleeira Internacional (CBI), disse o presidente da agência.
Negociações sobre caça à baleia não chegam a acordo
Os países-membros não foram capazes de cumprir o prazo para encerrar a disputa durante a reunião anual da CBI, que ocorreu nesta semana em Portugal, disse William Hogarth.
Os delegados concordaram em manter as negociações por mais um ano, e Hogarth afirmou que um acordo é “extremamente crítico” para o futuro da CBI.
“Só temos mais um ano”, disse ele. “Se não, então teremos terminado e precisaremos olhar para como a CBI funcionará no futuro”.
Tentar encontrar um ponto comum entre os países que querem continuar matando baleias e os que dizem que as caçadas têm de parar tem sido “extremamente difícil”, afirmou. Ele descreveu a CBI, que chefia há três anos, como “um grupo disfuncional”.
O impasse perdura desde que uma proibição à caça de baleias para fins comerciais entrou em vigor, em 1986. O Japão continuou a matar os cetáceos, sob uma cláusula do acordo que permite a caça para fins científicos. Ambientalistas dizem que a caçada japonesa é de fato comercial, e a ciência é apenas usada como pretexto. O programa japonês abate cerca de mil animais a cada ano.
Islândia e Noruega também caçam baleias, simplesmente ignorando a regra da CBI. Estados Unidos, Austrália e União Europeia querem que a caçada pare de vez, ou que ao menos seja severamente reduzida.
Uma maioria de três quartos dos 85 países que compõem a CBI é necessária para que haja mudanças significativas na convenção que regula a caça às baleias. O japão conta com o apoio dos países com quem mantém estreitos laços diplomáticos e econômicos, o que deixa a CBI dividida.
A CBI é a única instituição global concebida especialmente para administrar os estoques de baleias nos mares. Foi criada em 1949, por países com tradição na indústria baleeira.
A porta-voz do grupo ambientalista WWF, Sue Lieberman, disse que o impasse em torno da caça vem impedindo que a CBI discuta questões mais atuais, como o risco que as baleias enfrentam por causa da poluição sonora e química das águas, causada por navios e submarinos, e a mudança climática.
Os países que defendem a caça dizem que algumas espécies de baleias são abundantes o bastante para serem caçadas de forma controlada.
Fonte: Estadão

domingo, 21 de junho de 2009

CANAPÉ DE ALHO E CEBOLINHA VERDE


Todo domingo será postado uma receita para você fazer e se deliciar.

INGREDIENTES:- Fatias de pão de fôrma sem a casca- 1 colher (chá) de manteiga- 2 colheres (sopa) de pasta de alho- 1 ramo de cebolinha verde
MODO DE PREPARO:
- Com a ajuda de uma forminha, corte quadradinhos de pão.- Espalhe levemente manteiga em um dos lados e toste rapidamente no forno.- Passe nos quadradinhos um pouco da pasta de alho e complete com as pontas de cebolinha verde, cortadas no sentido do comprimento.

George Clooney contratou uma vidente para fazer contato com Max, seu porco de estimação

George Clooney contratou uma vidente para entrar em contato com um velho amigo falecido: seu porco de estimação. Segundo a revista “Star”, o ator estava triste desde a perda do pequeno suíno chamado Max, em 2006.
“A vidente afirmou que Max está bem e que foi muito feliz durante os 18 anos que viveu ao lado de Clooney. Ele não saber se é verdade o que a vidente está dizendo, mas ficou um pouco mais tranqüilo”, contou uma fonte próxima a Clooney.
Enquanto Max era vivo, George e ele eram muito próximos. O ator chegou até a dividir a cama com o amigo. “Max foi o relacionamento mais longo que tive na vida”, declarou o ator.
(Com informações de Famosidades)

Brincalhões, felinos são garantia de boa companhia



Eles não necessitam de grandes áreas para viver, são brincalhões, independentes, asseados e adoram dormir. Chegam a repousar até 16h por dia. Alguns estudos indicam que o convívio com gatos reduz o ritmo cardíaco e a pressão arterial. Tutores costumam afirmar que ter um gato em casa é garantia de ter por perto um grande companheiro.
“Ele só falta falar”, afirmou Maria Luíza Peixoto. Tutora de Billy, um gato persa de 6 anos, a esteticista conta que sempre gostou de gatos e que não consegue imaginar sua vida sem Billy, que foi presente de uma cliente.

Para a esteticista, os gatos são mais limpos, sabem o local onde devem fazer as necessidades, além de serem ótimos amigos do homem. “Eu moro sozinha e ele é como se fosse meu filho. Acordo todos os dias, cumprimento-o e passamos boa parte do tempo brincando. Para onde vou, levo o Billy”, afirmou Maria Luíza.
A advogada Mariângela Miranda sempre foi apaixonada pelos bichanos e conta que cresceu cercada por eles. Na infância tinha de 10 a 15 gatos em casa e depois que se casou tratou logo de comprar Charlene, uma siamês, que está com 21 anos.
Estudos recentes comprovam que gatos criados em casa vivem de 12 a 15 anos. Charlene é uma gata de sorte, já ultrapassou essa expectativa de vida e, segundo Mariângela, já resistiu a duas cirurgias nos últimos três anos.
A advogada não sabe explicar ao certo o motivo de Charlene ainda estar viva. “Ela come uma ração super premium especial para gatos castrados e idosos, porém acho que o real motivo para ela viver tanto é o amor que recebe de toda a família”, afirmou.

Mariângela Miranda é tutora de Charlene, uma siamês, que está com 21 anos e já resistiu a duas cirurgias
Charlene tem a mesma idade do filho mais velho de Mariângela. A advogada, que tem três filhos, conta que os médicos sempre pediram para ela se livrar da gata, já que muitas vezes o mais velho apresentava alergia.
“Eu não tinha coragem de dar a Charlene. Graças a Deus, descobriram que a alergia do meu filho era de leite e não de gato. Meus filhos cresceram cercados por bichos, são apaixonados por todos e nunca ficaram doentes por conta dos animais”, disse Mariângela que possui, além de Charlene, a gata Mel, dois cachorros e uma tartaruga.
Na casa de Mariângela, gatos e cães convivem muito bem. Mas, quando se fala na relação entre os dois animais, são comuns as comparações.
Gatos e cachorros são bem diferentes
A médica veterinária Fernanda Genaro diz que não é bom comparar gatos com cachorros, pois são bichos totalmente diferentes. “Eles são animais inteligentes, mas cada um tem seu comportamento e seu jeito de se relacionar com o homem”, afirmou.
A veterinária explica que o gato é um animal muito comunicativo, tanto por miados como corporalmente, por isso, pessoas que nunca tiveram um gato têm certa dificuldade de compreender o que os gestos, desde a orelha até o rabo, dizem.
“Muitos acreditam que gatos são traiçoeiros, mas, quando eles manifestam algum comportamento mais arisco, na verdade, é pura falta de comunicação entre o homem e o animal”, disse a veterinária.
De acordo com Fernanda, os gatos são mais recatados que os cães, por isso, não fazem muita graça com visitas. “Eles também são muito observadores, se você compra um móvel novo ou muda de lugar, o felino fica um bom tempo examinando o que aconteceu”, afirmou.
Gatos precisam de acompanhamento veterinário
Apesar das diferenças entre gatos e cães, uma coisa eles têm em comum: ambos necessitam de acompanhamento veterinário para se manter livres das doenças.
Segundo a médica veterinária Fernanda Genaro, os gatos possuem algumas doenças específicas, como a panleucopenia, rinotraqueíte, calicivirose, clamidiose e leucemia felina. Para combater essas doenças, eles precisam ser vacinados.
A primeira dose deve ser feita com dois meses e reforçada após 21 dias. Depois, as vacinas passam a ser anuais. Os gatos também devem ser vacinados contra a raiva: a primeira dose aos 5 meses e reforçada todo ano.
Além das vacinas, os gatos devem tomar vermífugos e o tutor deve fazer o controle de pulgas e carrapatos com medicamentos específicos. ”Os gatos dão trabalho para tomar remédio, mas no mercado já existem produtos que combatem parasitas e que podem ser aplicados na nuca do bichano”, afirmou Fernanda.
A veterinária alerta também para o perigo de os gatos irem para a rua, já que é grande o índice de animais que morrem atropelados. Outro cuidado importante é que o morador de apartamento deve mandar colocar telas de proteção no local.“Muitos podem pular das janelas e sacadas por sofrerem da síndrome do gato voador”, disse a veterinária.
Para que o bichano se mantenha saudável e bonito, ele precisa ser alimentado com água sempre fresca, e a ração deve ser oferecida em pequenas porções várias vezes ao dia. “A caixa de areia utilizada para as necessidades do bichano deve ser limpa regularmente e ficar longe da comida, da água e da cama do gato, pois eles são animais extremamente asseados e, com essas medidas, o gato também fica livre de infecções”, afirmou a veterinária.
Em relação à alimentação, já existem rações balanceadas e específicas para raça, faixa etária e até para algumas disfunções que o gato possa apresentar.
Segundo Fernanda, além de todos esses cuidados, é sempre bom ter brinquedos com guizos e afiadores de unha para garantir a diversão dos gatos e evitar que eles destruam os móveis da casa.
(Com informações do Correio de Uberlândia)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Toureiro mirim afirma não sentir pena dos touros


O menino de apenas 11 anos não é tão pequeno assim quando o assunto se trata de crueldade contra animais, em especial contra touros.

Pequeno cruel protagoniza tortura contra animais
A influência familiar arrastou-o cedo para as arenas – um mau começo para uma boa educação –, e, aos quatro anos, fez sua primeira ‘bezerrada’. “Antes de entrar sinto-me nervoso, mas depois passa”, assume o jovem, com a arrogância de um adulto “profissional”.
“Não sinto pena dos touros”, admite, alegando que a tauromaquia é uma “cultura muito antiga” e que “não pode acabar”.
Hoje (18), o pequeno cruel fará a sua estreia em Portugal. Participará, às 22h, do violento evento conhecido como ‘Promoção de Novos Valores’, que nada mais é do que um festival de tortura e maus-tratos dirigidos a animais, praticado em plena praça do Campo Pequeno.
Michelito diz estar feliz pela oportunidade e afirma, com sadismo, o quanto lamenta não poder matar o touro, como no México – o que torna, para ele, a corrida “menos divertida”.
Animal denuncia
A ONG Animal enviou uma denúncia ao Ministério Público, alertando para a idade de Michelito. Inácio Ramos, apoderado do franco-mexicano, diz que a associação “não deve conhecer a tradição, pois em Portugal é normal que haja estreias nestas idades”. Infelizmente, para o touro e para todos que prezam pelos direitos animais, cancelar a atuação no Campo Pequeno “está fora de questão”.
(Com informações do Correio da Manhã)

domingo, 14 de junho de 2009

Procura-se um companheiro fiel


A bengala é um símbolo muito forte da deficiência visual”, diz a advogada Thays Martinez, de 35 anos. “Tinha a sensação de que as pessoas me olhavam como se eu fosse uma coitadinha.” Há uma década, Thays se livrou do peso emocional da bengala e adotou algo bem mais simpático para lhe abrir caminhos: um cão-guia. Boris, um cruzamento das raças labrador e golden retriever, revelou não ser um cachorro comum. “O dia mais feliz da minha vida foi quando caminhamos por uma trilha ecológica, sem o estresse de bater nas coisas e sem a companhia de outra pessoa. Nunca tinha me sentido tão livre”, diz Thays. A parceria com Boris não só elevou a autoestima de Thays como mudou seu destino.
Em 2002, a advogada fundou o Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social (Iris), uma ONG que trabalha para os deficientes visuais। Vinte dos cerca de 60 cães-guia em atividade no país foram importados pelo Iris, sem nenhum custo para os usuários, graças a uma parceria com a ONG americana Leader Dogs for the Blind. “Temos 2 mil deficientes na fila de espera por um cão”, diz Thays.

Basher, um labrador amarelo, chegou ao Brasil no fim do ano passado. “Foi como se eu tivesse tido um filho. Nunca tinha me sentido tão feliz”, diz Daniela Ferrari Kovacs, de 29 anos. “As pessoas sempre cuidaram de mim. Eu não sabia que também seria capaz de cuidar de outro ser.” Basher e Dani fazem sucesso por onde passam. Na rua, pedestres param para tirar dúvidas sobre o trabalho do cão ou para elogiar a beleza dele – ou a dela. Alguns cometem o erro de tentar chamar a atenção de Basher colocando em risco a segurança de Dani. Com um sorriso no rosto e a voz doce, ela explica: “Ele é um cão-guia, não pode se distrair”. A chegada do cão fez com que as pessoas se aproximassem mais de Dani, e de maneira mais cordial. Enquanto ela dá expediente no Tribunal Regional do Trabalho, na região central de São Paulo, Basher repousa sobre um colchãozinho colorido atrás da mesa. A cada três horas, Dani desce com ele ao “banheiro”. Carrega um saquinho plástico para eventuais resíduos. Basher é um cão chique: é bilíngue (atende a comandos em inglês e português), viaja de avião, vai ao cabeleireiro, à academia e à terapia. “Se eu soubesse que um cão-guia melhoraria tanto minha vida, teria procurado um muito antes”, diz Dani.
No momento, o Iris busca voluntários para o trabalho de socialização dos cães e recursos de parceiros com dois objetivos: montar um centro de treinamento completo em São Paulo e importar animais para começar uma linhagem de cães-guia brasileiros. Outro problema, ainda sem solução, é que há poucos treinadores para os animais. A formação dos treinadores é muito complexa, dura cerca de quatro anos e, tanto quanto o Iris saiba, existem apenas três profissionais especializados em cães-guia no Brasil – um para cada escola existente no país.
Treinar um cão-guia é uma tarefa cara (R$ 20 mil) e complexa। O processo é dividido em três etapas. Primeiro, o filhote passa ao menos um ano com uma família voluntária, que tem o dever de ensiná-lo a se comportar bem em qualquer ambiente. Depois, fica de três a cinco meses na escola para aprender o trabalho de guia – como andar em linha reta, parar ao se aproximar do meio fio ou de escadas e desviar de obstáculos. Só na terceira fase o cão é apresentado ao deficiente visual, e os dois treinam juntos. Para que a parceria dê certo, o perfil do cão tem de combinar com o do dono. Um guia muito ativo se ajusta melhor a um usuário que não fique muito parado. Alguém apressado pode não se adaptar a um cão-guia com passadas lentas. De acordo com o Ministério da Saúde, há mais de 550 mil cegos e 3,1 milhões de pessoas com baixa visão no Brasil. “Considerando a proporção de deficientes visuais que usam cães-guia no exterior, nossa demanda é de mais de 10 mil cães”, afirma Moisés Vieira Júnior, diretor técnico e treinador do Iris.

A relação entre deficientes visuais e cães-guia é antiga. A primeira tentativa sistemática de treinamento teria ocorrido no fim do século XVIII, no hospital parisiense Les Quinze-Vingts. Durante a Primeira Guerra Mundial, cães começaram a ser treinados na Alemanha para guiar soldados que ficaram cegos. De lá para cá, muitas escolas foram abertas pelo mundo. As mais tradicionais selecionam geneticamente matrizes de labrador, golden retriever e pastor-alemão. Dessas raças, ou do cruzamento entre elas, saem os animais mais adequados ao trabalho de guia.
Coisas simples para quem enxerga, como ir à padaria ou dar uma volta sozinho no quarteirão, são importantes para um deficiente visual. No caso de Thays, foi o cão quem lhe deu segurança para deixar a casa dos pais e ir morar sozinha. E se encher de coragem para largar a estabilidade do emprego no Ministério Público e se dedicar a outras áreas do Direito. A relação com Boris motivou Thays a processar o Metrô de São Paulo, que proibiu o cão de guiá-la dentro da área da empresa. E a batalhar pela aprovação de duas leis – uma estadual e outra federal – que permitiram o acesso de cães-guia a locais públicos.
No ano passado, Thays notou que chegara a hora de aposentar Boris. Ele já não tinha a energia de antes. Depois de uma longa caminhada pela Avenida Paulista, Boris se jogou no chão para descansar. Em outra ocasião, Thays bateu o rosto numa escada por desatenção dele. “Foi uma decisão muito dolorosa”, afirma Thays. “Quando Diesel (o guia substituto) chegou, Boris começou a me ignorar e ficou meio deprimido. Eu pegava a coleira para sair, os dois vinham querendo colocá-la.” Há duas semanas, Boris, de 10 anos, se mudou para a casa de uma amiga de Thays. Parece satisfeito.

sábado, 13 de junho de 2009

Cão repete exercícios feitos pelo dono


Sucesso na internet, um vídeo mostra um cão que acompanha seu dono durante a atividade física। O animal de estimação repete os mesmos movimentos feitos pelo homem. Por exemplo, quando ele se agacha, o cachorro faz o mesmo movimento.
Veja o vídeo no link abaixo:

Bode vira sensação no Reino Unido ao acenar a pata para crianças



Do G1, em São Paulo

Um bode chamado "Darren" virou um superstar na internet após aprender a fazer gestos para os alunos que passam em frente de seu curral em uma fazenda em Farnsfield, próximo a Nottingham (Reino Unido), segundo a emissora de TV "ABC News".

As crianças vão até o recinto e ficam abanando as mãos para o bode, que ergue as patas no curral e repete o gesto para elas. Segundo o diretor de marketing da fazenda White Post, Anthony Moore, todas as crianças que visitam a fazenda sempre pedem para vê-lo.

Frio mata seis cães no CCZ de SP


A onda de frio que atinge São Paulo provocou a morte de seis cães no Centro de Controle de Zoonoses. O espaço é absolutamente inadequado em todas as estações, mas no outuno e inverno a situação é ainda pior. As baias não têm teto, as portas são feitas de grades de ferro e o piso é de cimento. Os animais não têm cobertores. Eles ficam completamente expostos às baixas temperaturas. São 300 animais presos nessas condições dia e noite. E o inverno ainda nem começou.
Diante da situação, protetores estão realizando uma campanha para comprar casinhas para eles, que serão colocadas nas baias. Solidário com o sofrimento dos animais, um fabricante fez um preço especial, apenas R$25,00 cada casinha. São necessárias 150. Eles precisam também de mantas, cobertores (podem ser usados), roupinhas, colchões e tudo que possa aquecê-los.

Garça-branca-grande é morta com chumbinho no RS


Poucos dias após o encerramento da Semana do Meio Ambiente na cidade, a população hamburguense assistiu estarrecida a um crime ambiental gravíssimo. Na quinta-feira, uma garça branca grande foi encontrada baleada por chumbinho na localidade de Taimbé, em Lomba Grande. A ave foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
Uma testemunha estava em um sítio no feriado de Corpus Christi quando a ave caiu próximo aos seus pés. A garça tinha ferimentos em uma perna e no bico e estava bastante agitada. A mulher, então, levou-a para o Centro e chamou a Secretaria de Meio Ambiente (Semam). “Fiquei chocada, é muita covardia agredir um animal assim. É muito triste”, lamenta. Mesmo sob atenção da equipe da Semam, a garça não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã de ontem.
CHUMBINHO - De acordo com o biólogo Carlos Normann, ela tinha marcas de chumbinho em todo o corpo e provavelmente morreu por hemorragia interna. “Infelizmente, esse crime é muito mais comum do que a gente pensa”, comenta Normann, garantindo que a Semam já está tomando as providências para até segunda-feira fazer a denúncia dos possíveis autores ao Ministério Público. Normann avalia a atitude como crueldade apenas.
Animal vive em áreas alagadas
- A garça branca grande (Ardea alba) é uma ave nativa do Brasil e habita áreas úmidas e alagadas. Se alimenta de peixes e crustáceos e serve de alimento a aves de rapina, jacarés e lontras. Vivendo em relação de simbiose com o gado, retira dele carrapatos com os quais se alimenta.
- A caça no Brasil é proibida pela Lei 9605 - artigo 29
- A pena prevista para quem mata um animal silvestre é de 6 meses a um ano de reclusão, além de multa de 500 reais por animal abatido
- Torturar animais também é crime, passível a reclusão de três meses a um ano, além da multa
- Denúncias podem ser feitas pelo (51) 3594-9936 e, fora do horário comercial, no plantão (51) 9645-7266
Fonte: Diário de Canoas

Hipopótamo explorado por circo em Portugal é baleado quando tentava fugir

Um hipopótamo do Circo Chen foi baleado pela Guarda Nacional Republicana depois de ter conseguido sair do caminhão que o transportava. O fato aconteceu no dia 10 de junho passado, quando as caravanas do circo se deslocavam na estrada nacional 102 para Torre de Moncorvo (Portugal). Acidentalmente, a porta da jaula se abriu e o animal ficou preso no atrelado; funcionários do circo conseguiram libertá-lo. Quando percebeu que estava livre, o hipopótamo começou a correr, fugindo dos tratadores. Durante cinco quilômetros ele correu, seguido de perto por funcionários do circo e militares da Guarda Nacional Republicana. Mas o cansaço traiu o animal de três toneladas. Já na entrada da vila de Moncorvo, ele parou. Exausto e acuado, o hipopótamo reagiu contra um dos tratadores que tentava prendê-lo. Nesse momento, o comandante da GNR atirou contra o animal. “Quando vi o ataque de um bicho daquele porte, a minha primeira reação foi pegar na arma e disparar”, contou o alferes Mendes.
O tiro imobilizou o animal, que foi capturado e voltou a ser explorado nos espetáculos do circo. Quanta violência, quanto sofrimento. Até quando?
*com informações da RBA e Correio da Manhã

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Cães estão abandonados há meses numa casa em Campo Grande (MS)


Vários cães estão abandonados há meses em uma casa em pleno centro de Campo Grande (MS) em meio a fezes e urina. Comerciantes e pessoas que passam pelo local ficam penalizadas com a situação dos bichos, muitas vezes deixados sem comida.
Após denúncia de leitores, a reportagem do Campo Grande News foi ao local e visualizou sete cães na varanda da casa, que fica na rua Marechal Rondon entre a 13 de maio e 14 de julho. O cheiro é insuportável e há acúmulo de lixo. No chão vários galões de água mineral vazios, um saco de ração fechado e potes sem comida.
Vizinhos contam que o proprietário era criador e vendia os animais, que recebiam tratamento adequado e visita de veterinários, mas nos últimos meses deixou os cães em situação de total abandono e aparece esporadicamente, para deixar ração.
A situação dos cães causa comoção. Luis Henrique Bergoli da Silva, 22 anos, que há quatro meses comprou uma banca próximo à casa, contou que uma mulher chegou a levar um saco de ração, pulou o portão e alimentou os cães.
Pessoas que passam pelo local se compadecem com a situação dos cães. “Nossa, coitadinhos desses bichos”, lamentou esta manhã Terezinha Santos Pereira, 76 anos, ao ver a aparência dos animais.
Fonte: Campo Grande News

Nasce em cativeiro segundo filhote de espécie de macaco redescoberto após 300 anos


O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB), em João Pessoa (PB), acaba de registrar o nascimento do segundo filhote de macaco-prego-galego, em cativeiro. A espécie, cientificamente chamada de Cebus flavius, ficou desaparecida por três séculos e foi redescoberta em 2006, por meio de pesquisa liderada pelo CPB e ICMBio.
O filhote nasceu no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, localizado na Floresta Nacional das Restingas de Cabedelo, em Cabedelo (PB). Os seus pais foram apreendidos em fiscalizações do Ibama. “Infelizmente recebemos muitos primatas retirados da natureza, mas, apesar das dificuldades, conseguimos proporcionar para este casal as condições necessárias para a reprodução”, afirma Paulo Guilherme Wagner, responsável pelo Cetas e primeiro a observar o filhote.
Atualmente, esta espécie é considerada uma das mais ameaçadas de extinção no Brasil. Segundo o Chefe do CPB, Leandro Jerusalinsky, o nascimento pode ser comemorado como uma grande vitória a favor da conservação dos macacos-prego-galegos. “Isto confirma a capacidade da espécie de se reproduzir em cativeiro, que é um passo fundamental para a formação de uma população viável que possibilite a reintrodução de grupos em seu ambiente natural no futuro”, diz Jerusalinsky.
Cebus flavius – O macaco-prego-galego ocorre na Mata Atlântica dos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Alagoas. O primeiro filhote da espécie nasceu em cativeiro no Zoo de São Paulo, em 2008. Na natureza, vivem em grupos de 6 a 14 indivíduos, alimentando-se de frutas, flores, ovos, insetos e pequenos vertebrados. Dada a situação crítica da Mata Atlântica nestes estados, reduzida em todo o Brasil e mais acentuadamente na região Nordeste, o macaco-prego-galego encontra-se extremamente ameaçado.
Atuação do CPB – O CPB tem atuação nacional, promovendo pesquisas científicas e manejo para a conservação dos primatas brasileiros, dando especial atenção às espécies mais ameaçadas de extinção e menos conhecidas do país. Dentre seus projetos de campo, destaca-se o foco nos primatas que habitam a região Nordeste do Brasil, onde historicamente os esforços de pesquisa e conservação têm sido insuficientes para garantir sua sobrevivência em longo prazo.
O CPB vem mapeando as populações remanescentes dessas espécies e implementando diversas pesquisas e ações voltadas à sua conservação. Além do macaco-prego-galego, os principais primatas enfocados nos projetos de campo do CPB são: Alouatta ululata, guariba que ocorre nos sertões do Ceará, Piauí e Maranhão, muito ameaçado pela caça; Cebus kaapori, caiarara pouco conhecido e considerado o mamífero mais ameaçado de extinção da Amazônia por habitar o arco do desmatamento; Callicebus coimbrai, guigó que foi o último primata descoberto na Mata Atlântica, extremamente ameaçado por sobreviver nos escassos remanescentes florestais do Sergipe e litorais norte da Bahia. O CPB também desenvolve o diagnóstico e medidas para a conservação dos primatas na bacia do rio São Francisco, além de coordenar Comitês Internacionais para o manejo de outras espécies ameaçadas, como os micos-leões e os muriquis.
Fonte: ABN

domingo, 7 de junho de 2009

Apreendidos 578Kg de carne de animal silvestre em Bonito, no MS



A PMA (Polícia Militar Ambiental) apreendeu 578 quilos de carnes de animais silvestres, prendeu duas pessoas e aplicou R$ 293 mil em multas, nessa sexta-feira (6/6), Dia Internacional do Meio Ambiente, em Bonito, cidade que fica a 257 quilômetros de Campo Grande, no MS.
Foram presos por crimes ambientais Heriberto Ramão Lopes e Arlinei Melo Barbosa. De acordo com a PMA, eles mantinham nas residências deles uma espécie de açougue, somente com comercialização de animais silvestres.A PMA chegou até eles após denúncias feitas ao MPE (Ministério Público Estadual). As buscas nas casas foram feitas em cumprimento a mandados de busca e apreensão.Na casa de Heriberto, que é cozinheiro, foram encontradas carnes dentro de dois frízeres. Foram apreendidos 245 quilos de carne de capivara, 130 quilos de carne de jacaré, 46 quilos de carne de queixada (porco do moto).Também foram recolhidos 161 quilos de filé e postas de pescado sem origem e uma máquina serrafita, utilizada em açougues. Heriberto foi multado em R$ 215 mil.Na residência de Arlinei, que é comerciante, os policiais apreenderam um frízer onde havia 52 quilos de carne de capivara, 22 quilos de carne de cateto e 83 quilos de carne de jacaré. Também foi apreendido um revólver calibre 38 com cinco munições intactas.Arlinei terá que pagar multa de R$ 78,5 mil e terá que responder também, além dos crimes ambientais, pelo crime de posse irregular de arma de fogo.
Fonte: Campo Grande News

Bahia é a principal rota para o tráfico de animais





Até o final do mês de abril deste ano, 3.123 animais silvestres foram apreendidos sendo transportados ilegalmente em estradas baianas, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal. Ou seja, 53% de um total de 5.901 encontrados nas mesmas circunstâncias em todo o Brasil. Esse destaque negativo da Bahia não é novo. Em 2008, foram apreendidos 9.789 animais silvestres em todo o Brasil. Destes, 3.229, ou 33%, foram resgatados na Bahia.
Em 2005, a Comissão Parlamentar I da Biopirataria listou 11 rotas rodoviárias de tráfico no País. Destas, seis tinham a Bahia como ponto de partida. A fauna rica, o vasto território cortado por muitas estradas e uma fiscalização precária contribuem para o quadro.
Mais de 90% das apreensões são de pássaros. Segundo especialistas ouvidos na CPI, o Brasil tem 1.700 espécies de aves e, destas, 826 ocorrem na Bahia. A região do Raso da Catarina, no norte do Estado, é uma das fontes dos traficantes. Lá é o único lugar do mundo onde ocorre a presença da arara-azul-de-lear, da qual restam apenas algumas centenas de exemplares. A raridade a torna mais cara e, portanto, mais cobiçada pelo tráfico.
Tinha origem nessa área grande parte dos mais de três mil pássaros apreendidos em operação conjunta da Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público e Polícia Civil em março deste ano. Um caminhão-baú acomodava aves, micos e iguanas quando foi apreendido em Milagres (a 247 km de Salvador). A carga seria levada para São Paulo.
Ao todo, 10 pessoas foram para a prisão e sete permanecem detidas, entre elas dois receptadores de São Paulo. Os membros do grupo serão julgados por formação de quadrilha. Mas a promotora Luiza Amoedo, do Ministério Público em Cipó (a 242 km de Salvador), admite que este caso, com um ano de investigação e coleta de provas por meio de interceptação eletrônica, é uma exceção. “Quando alguém é preso na estrada, com poucos animais, é considerado crime de menor potencial ofensivo. Presta depoimento e é liberado”, explica.
“Se o líder ficar preso, fará nascer nos outros traficantes um temor. Se sair logo, isso vai fomentar o tráfico mais e mais”, avalia Marcelo Pavlenko Rocha, presidente da ONG SOS Fauna, que tem sede em São Paulo e acompanhou as investigações da quadrilha de Cipó. O líder ao qual Marcelo se refere é José de Santana Silva, conhecido como Pezão.
A própria promotora Luiza Amoedo relata que por várias vezes Pezão foi pego transportando animais e teve apenas a carga apreendida. Ela admite que existem outros grupos na região. Entretanto, considera que este, com remessas quinzenais para o Sul do País, era o principal. “Não sei se foram substituídos. Mas esta era uma quadrilha que tinha recursos. Era a mais relevante”, assegura.
SEM FISCALIZAÇÃO – Para fiscalizar os mais de 105 mil hectares da Estação Ecológica do Raso da Catarina, o Instituto Chico Mendes, criado para assumir algumas atribuições do Ibama, tem quatro funcionários.
No Ibama, a situação é também precária. São 100 fiscais para toda a Bahia. O chefe da divisão de controle e fiscalização na Bahia, Alberto Gonçalves, informa que esses fiscais precisam atuar nas mais diversas áreas, como pesca, flora, fauna, qualidade ambiental e emergências. Pelas contas dele, um número próximo do ideal seria 250 fiscais. Para Alberto, a estratégia mais eficaz é trabalhar em conjunto com outros órgãos, em um processo de investigação, para tentar reduzir a apreensão na natureza.
Na visão dele, pequenas apreensões realizadas em feiras livres podem ter efeito contrário ao desejado, pois quando são presas pessoas de baixo poder aquisitivo, multadas em até R$ 500 por animal, muitas vezes elas já saem da delegacia alegando não ter como pagar e que portanto precisarão pegar mais pássaros para cobrir o prejuízo. Apesar disso, Alberto reconhece que feiras livres também servem como cartões de visita de traficantes maiores, que são abordados ali e conduzem os clientes para lugares onde escondem quantidades maiores.
VOLUME – As apreensões são “infinitamente reduzidas” diante do volume traficado, acredita o presidente da ONG SOS Fauna. “A Bahia infelizmente ocupa um espaço de grande celeiro de abastecimento do tráfico de animais para o Sudeste”, diz. Marcelo Rocha reconhece, no entanto, uma mudança de postura nos últimos tempos, com a entrada em cena do Ministério Público e Polícia Rodoviária Federal.
Porém essa presença ainda não se traduziu na prisão dos maiores traficantes. Além do episódio de Milagres, nos últimos dois anos as maiores apreensões de pássaros pela PRF foram na feira livre em Cruz das Almas, em agosto de 2008, e em março do ano passado, em Jequié, o que está longe de provocar um abalo sério na estrutura do negócio.
Fonte: A Tarde

Polícia fecha rinha de galo com mais de 80 pessoas no Espírito Santo


Uma denúncia anônima feita ao Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes) levou as polícias Militar e Ambiental a fecharem um galpão que funcionava para a prática de rinha de galo. O caso foi registrado no fim da tarde deste sábado, no bairro Mucuri, em Cariacica, no Espírito Santo. No total, 41 animais foram apreendidos.
Investigadores do Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) do município informaram que esta seria a primeira vez que o proprietário dos galos utilizava o espaço alugado para promover a rinha. Quando a polícia chegou ao local, cerca de 80 pessoas, que apostariam nos animais durante a briga, se dispersaram.
O "promotor do evento", no entanto, foi detido pelos policiais e conduzido, posteriormente, ao DPJ de Cariacica. Ele prestou depoimento, foi autuado por maus tratos de animais, mas assinou um termo circunstanciado e foi liberado.
Investigadores informaram que os galos apreendidos durante a ação foram levados para a 1ª Companhia da Polícia Ambiental de Cariacica. Um dos animais teria morrido em decorrência dos ferimentos da rinha.
Fonte: Gazeta online/ O Globo

sábado, 6 de junho de 2009

O homem é o principal destruidor da biodiversidade


Em tempos de preservação ambiental, ainda nos deparamos com atos humanos que contribuem para a extinção de algumas espécies da fauna e flora brasileira.

No último dia 28 de maio, o jornal carioca O DIA, publicou dados de estudos feitos por pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e Instituto Biomas, que revelam 223 espécies da fauna e flora como as responsáveis pela descaracterização da biodiversidade daquela localidade.


Segundo a matéria, a única solução é a exterminação das espécies daninhas, nas quais estão inseridos os eucaliptos, jaqueiras, ratos e até animais domésticos como os gatos.

Vale ressaltar que os animais e vegetais citados na pesquisa estão agindo naturalmente, mas se, de alguma maneira isso prejudica a biodiversidade, especialmente naquele Estado, é fruto, mais uma vez, da iniciativa humana. De acordo com o médico veterinário e doutor em zoologia, Carlos Eduardo Belz, a maioria das introduções de espécies invasoras ocorrem por interferência do homem no ambiente. “As alterações que o homem causa no ambiente são as principais causas de extinção de biodiversidade e isto é inegável. Estas introduções podem até ocorrer naturalmente, mas o homem intensificou muito o problema com o comércio entre os países, a produção animal, o paisagismo, etc. Estas espécies estão agindo naturalmente sim, mas porque foram inseridas no ambiente de forma não natural e são, sem dúvida, prejudiciais ao equilíbrio do ambiente, que se não fosse pela interferência do homem, não sofreria este desequilíbrio com a intensidade e constância que temos imprimido”, explica.

O veterinário afirma ainda que a introdução de espécies invasoras em um ambiente é considerada, atualmente, como a segunda maior causa de extinção de biodiversidade. Segundo ele, quando uma espécie invasora é introduzida em um novo ambiente e encontra todas as condições favoráveis para se reproduzir e dominar os espaços, ela passa a exercer dominância sobre as demais espécies; e esta pressão faz com que, ao longo do tempo, estas outras espécies reduzam suas populações, podendo até serem extintas, levando à redução da biodiversidade local.

O biólogo e mestre em ecologia, Eduardo Novaes Ramires, também aponta o homem como um dos principais predadores do próprio meio em que vive. “Em geral somente nos lembramos das espécies invasoras quando elas causam danos econômicos e os homens estão causando um grande processo de extinção em massa de espécies no planeta. A espécie humana, além de reduzir de forma agressiva a área de vida de muitos organismos, de fragmentar seus habitats originais, de poluir o ambiente das mais variadas formas, entre outras tantas interferências bruscas, também dispersa de forma indevida muitos organismos para além de suas áreas originais de ocorrência. Fora de sua área original, essas espécies podem competir com espécies nativas do local onde foram introduzidas, algumas vezes com conseqüências desastrosas para o ecossistema onde elas foram introduzidas”, complementa.

Gatos

A pesquisa coloca os gatos como uma das 10 espécies invasoras mais perigosas do mundo e aponta como única solução o extermínio.

De acordo com Belz existe uma grande diferença entre espécies exóticas, invasoras e espécies em desequilíbrio. Ele explica que, quase todas as nossas fontes alimentares hoje, no Brasil, são exóticas. “Neste caso, podemos citar uma lista enorme de espécies que são consideradas exóticas, por não serem nativas desta região, mas nem por isso são consideradas invasoras”, orienta. Ele afirma ainda que toda espécie invasora é uma espécie exótica, mas nem toda espécie exótica é uma espécie invasora. “Para ser considerada invasora a espécie precisar exercer dominância sobre as demais espécies e causar algum tipo de impacto, seja ambiental, econômico, ou social. Em alguns casos também pode ocorrer de uma espécie que não é invasora, se proliferar descontroladamente em virtude de alterações no ambiente, tornando-se uma espécie em desequilíbrio com o meio. Isto pode ocorrer com ratos e pombos em condições específicas como em cidades, onde o ambiente se encontra completamente alterado.”

Ainda segundo ele, pode acontecer também de espécies não consideradas invasoras, em uma determinada situação, passarem a ser, como é o caso dos gatos. “Em algumas cidades, os gatos devem ser considerados apenas como espécies em desequilíbrio, mas fazer uso do extermínio de gatos seria uma alternativa muito radical, e acredito que não seja essa a intenção da administração pública”. Apesar de, em alguns casos, a proliferação desenfreada dos gatos nas cidades possa causar problemas, Belz ressalta que a melhor solução estaria na elaboração de um plano de controle. “Há várias outras alternativas para trabalhar esta questão, como educação ambiental, castramento, manejo ambiental e outras. Isto depende de empenho do poder público, o que em muitos casos, não ocorre”, atenta.


Para o biólogo Ramires, os gatos em particular são predadores muito eficientes, e podem causar grandes estragos em populações de aves, roedores nativos, entre outros, o que não é o caso dos que vivem nas ruas do Rio de Janeiro. “Creio que os gatos domésticos, alimentados com ração, não estão em risco de extermínio. No entanto os gatos que passam a maior parte do tempo caçando em matas, correm risco maior de serem objeto de extermínio planejado pelo homem”.

O que fazer?

Diante desse impasse – ao mesmo tempo em que fazem parte da biodiversidade brasileira, causam danos a essa mesma biodiversidade, perguntei aos entrevistados qual seria a melhor solução para este problema: ambos afirmaram ser uma resposta difícil e longe de um desfecho favorável ao meio ambiente.

Para Belz, o momento é de mudanças e o exemplo da presença das espécies invasoras mostra bem este período de entendimento melhor sobre o ambiente em que vivemos. “Está não é uma resposta fácil. Falamos tanto em sustentabilidade, mas na prática, ainda temos um longo caminho para percorrer até que aprendamos a conviver em harmonia com o meio ambiente. A receita não está pronta e vamos ter que lutar com muita garra para garantirmos a sobrevivência das futuras gerações, mas o que já aprendemos até agora nos mostra que o caminho é o do equilíbrio. Aprendermos a conviver em equilíbrio com o meio, sem uma postura de dominância e entendendo que fazemos parte dele será o desafio para os próximos anos” e acrescenta: “há tempos atrás este assunto não era nem discutido e agora, olhando os erros que cometemos, temos a obrigação de não cometermos mais e tentarmos, na medida do possível e com coerência, minimizarmos os problemas já causados”, reflete.

Já Ramires acredita que a solução esteja na tentativa de evitar a introdução de espécies invasoras nos ecossistemas. “A resposta não é simples, pois, sem dúvida, somos os maiores responsáveis pelas gigantescas perdas de diversidade atuais. Além disso, a proteção à natureza infelizmente não faz parte real e efetiva das prioridades políticas da maioria dos países, particularmente quando confrontada com interesses econômicos de vulto, mas creio que, seria necessário um grande esforço para evitar a introdução de espécies ditas invasoras em ecossistemas brasileiros”, avalia o biólogo.

Marina pede que Lula vete três artigos da MP da Amazônia

A senadora Marina Silva (PT-AC) enviou uma carta aberta ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pedindo o veto de três artigos da medida provisória (MP) que permite a regularização de terras na Amazônia Legal. A matéria - aprovada no Senado sob a forma de um projeto de lei de conversão - será enviada ao presidente para sanção.
“Da forma como foi aprovada,a proposta representa a legalização da grilagem”declarou ela ao anunciar a carta, nesta quinta-feira (4).
Segundo Marina Silva, um dos objetivos dos vetos é impedir que “aqueles que promovem a grilagem de terras, e colocam prepostos [laranjas] para cuidar dessas áreas, possam agora regularizá-las”. A senadora ressaltou que os grileiros e os prepostos não podem ser confundidos com os posseiros - na quarta-feira, durante a votação da matéria, ela disse que um dos riscos da nova lei é que “aqueles que cometeram o crime de apropriação de terras públicas, os grileiros, sejam anistiados e confundidos com posseiros de boa fé”.
Outro objetivo dos vetos, destacou ela, é garantir que a vistoria - “o instrumento mais importante de controle do processo de regularização fundiária” - seja aplicada inclusive para as terras com até quatro módulos fiscais (na região, um módulo fiscal equivale a cerca de 76 hectares). Marina lembrou que o texto aprovado no Senado dispensa da vistoria as áreas com até quatro módulos fiscais, que, segundo ela, “também podem apresentar irregularidades, inclusive com a presença de laranjas”. No caso de terras de até um módulo fiscal, a parlamentar explicou que a dispensa da vistoria poderá ser concedida pelo governo durante o processo de regularização.
Além disso, os vetos também visam limitar a regularização de terras para as pessoas jurídicas que possuam outras propriedades rurais. Nesse caso, ela argumentou que há, na matéria aprovada pelo Senado, “uma anomalia difícil de ser percebida”.
- Quem tiver várias empresas pode regularizar 1,5 mil hectares por cada empresa. E ainda poderá regularizar a si próprio como pessoa física - disse, acrescentando que “são formas de burlar [a lei]”.
Retrocesso
Ao ser questionada sobre os possíveis impactos da nova lei sobre o meio ambiente e sobre a Amazônia, a senadora declarou que o texto, da forma como foi aprovado, “provocará um imenso retrocesso no processo de regularização fundiária que, timidamente, começava a avançar”. Ela afirmou que, com a lei, 20% dos proprietários da região (”os grandes e médios proprietários”) ficarão com aproximadamente 72% da área total, enquanto “os pequenos”, que possuem terras de um a quatro módulos fiscais, ficarão com apenas 11,5% da área total.
- E os pequenos representam 80% dos proprietários da região - frisou.
Também conhecida como MP da Amazônia, essa matéria tramitou inicialmente como MP 458/09. Após ser modificada na Câmara dos Deputados, passou a tramitar como projeto de lei de conversão (PLV) 9/09.

Vegetarianos reduzem impacto ambiental



Foi por respeito aos animais e preocupação com o meio ambiente que a estudante Mellothi Zanandrea de Melo, 20 anos, tomou uma decisão radical quatro anos atrás: cortar de vez o consumo de carne.
O primeiro contato da jovem com a dieta sem carnes foi por meio de uma amiga. Fez pesquisas, estudou o assunto, usou a internet para se informar melhor e chegou à conclusão de que abdicar de carne seria uma boa decisão em nome do meio ambiente.
Depois, entre uma conversa e outra, ela convenceu cinco amigos a cortarem carne vermelha da dieta. Outros três se tornaram vegetarianos, como ela, ou seja, não consomem mais nenhum tipo de carne.
“Mesmo entre os que não comem carne, a maioria toma a decisão pensando na dieta. As pessoas ainda pensam somente no próprio umbigo e, por outro lado, acredito que falta muita informação”, disse Mellothi, que também apoia decisões menos radicais em nome do meio ambiente, como a de apenas reduzir o consumo de carne.
Dados de organizações ambientalistas apontam o custo ambiental da produção de carne, quando comparada com a produção de vegetais.Produção
Segundo dados do Instituto Cepa (Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola), em quatro anos, numa área de um quarto de hectare (2,5 mil metros quadrados) voltada para a pecuária são produzidos 210 quilos de carne.
No mesmo espaço, seria possível produzir muito mais alimentos vegetais: oito toneladas de feijão, 19 toneladas de arroz, 23 toneladas de trigo ou 44 toneladas de batata.
O gasto com água na pecuária também é bem maior. Para se produzir um quilo de soja, são necessários 500 litros de água. Mas, para produzir um quilo de carne bovina, são necessários 15 mil litros de água. O impacto ambiental é outro aspecto negativo da pecuária. Cada cabeça de gado precisa de um hectare de pasto para engordar, o que equivale a 10 mil metros quadrados.
Hoje estima-se que haja 200 milhões de cabeças de gado no Brasil em 250 milhões de hectares, o que representa quase um terço do território nacional.Para ter uma alimentação amiga do ambiente• Dê preferência a vegetais: frutas, verduras, legumes e grãos. Segundo pesquisas recentes, a pecuária precisa de áreas bem maiores do que a agricultura, consome mais água e contribui para o aquecimento global, acredite se quiser, com o metano da flatulência do gado.
• Compre alimentos produzidos na sua própria região e de preferência da época. Assim, a possibilidade de estragarem é menor. Segundo pesquisas, o brasileiro desperdiça em média um terço do que consome.
• Apesar de ter que pagar mais por isso, prefira alimentos orgânicos. A agricultura orgânica não usa nenhum tipo de químico, seja agrotóxico, seja fertilizante, e, portanto, não polui.
(Com informações de A Cidade / Foto: J.F. Pimenta)

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Partido Pelos Animais pretende ser oficializado ainda este ano


O Partido Pelos Animais ainda não está formalizado junto do Tribunal Constitucional de Portugal, mas está se mobilizando para conseguir ser oficializado nos próximos meses. O blog (acesse aqui) está recolhendo assinaturas para que o novo partido possa reconhecido ainda este ano.
Apesar de ser focado nos direitos dos animais, o partido não será monotemático segundo explicou Paulo Borges, da comissão coordenadora. “Vamos nos manifestar igualmente a favor da defesa da natureza, do meio ambiente e de todas as formas de vida, o que inclui obviamente o próprio Homem, cuja felicidade depende da sua relação harmoniosa com os outros seres", disse.

De acordo com Borges, a prioridade dada aos animais tem duas grandes razões, a primeira é o fato de, em Portugal, os animais "serem considerados meros objetos, em termos jurídicos, o que é escandaloso, além de não terem a possibilidade de se defender dos sofrimentos e exploração desnecessários de que são vítimas por parte dos humanos. Do ponto de vista do Código Penal, é equivalente matar um cão ou destruir uma cadeira: é apenas um crime contra o patrimônio, ou seja, contra uma coisa possuída por outra pessoa", sublinhou, acrescentando que isto configura um atraso em relação à legislação que existe em outros pontos da Europa, o que leva o partido a lutar "também por uma alteração desta lei".

“Por outro lado, da defesa dos animais e da natureza depende hoje a sobrevivência e a qualidade de vida da própria Humanidade, sendo também esta a causa que, pela sua natureza altruísta, mais implica uma mudança mental e ética das pessoas, trazendo grandes benefícios sociais, políticos e até econômicos, permitindo criar imensos novos empregos destinados à proteção dos animais, como já acontece em muitos países europeus", completou.

Professor do Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Paulo Borges reconheceu, porém, que o sistema eleitoral português não facilita a entrada de novos partidos na Assembleia da República, ao contrário do da Holanda, onde o congênere Partij voor de Dieren tem dois deputados no parlamento.

"Por isso, um dos objetivos programáticos do nosso partido é propor a alteração da lei eleitoral, de modo a que ela não constitua um sistema blindado, que quase impede a emergência de novos partidos", assinalou, acrescentando que, não obstante esta dificuldade, o Partido Pelos Animais pretende ter uma representação parlamentar "tão ampla quanto possível".

"Confiamos na vocação do povo português para ser solidário e abraçar causas nobres. Fomos os primeiros a abolir a pena de morte e despertarmos a comunidade internacional para o drama de Timor. Cabe-nos hoje ampliar o nosso universalismo para além dos limites da nossa espécie", declarou ainda.

Questionado sobre a opção de criar um novo partido em lugar de se unir aos já existentes, Paulo Borges explicou que os objetivos da estrutura são "transversais a todo o leque político-partidário".

"Não consideramos que a defesa da natureza, do meio ambiente, dos seres vivos possa ser propriedade exclusiva de qualquer orientação política. Na verdade, ela transcende todas. Seja à esquerda, ao centro ou à direita, encontramos pessoas extremamente sensíveis a esta causa", disse, indicando que, no entanto, considera "positivo e desejável" o trabalho que outros partidos façam naquelas áreas.

O Partido Pelos Animais pretende ser a manifestação, em Portugal, de uma forma de "consciência e de sensibilidade, que surge em todo o mundo", e que visa pôr em prática "um novo paradigma mental, ético e civilizacional", lê-se no manifesto disponível na Internet.

A estrutura - que colocou "online" a ficha de recolhimento de assinaturas - tem no seu horizonte "todas as formas de eleição" e fará "todo o possível" por ainda participar nos atos eleitorais previstos para este ano.

E, mesmo que o processo burocrático associado à criação de um novo partido inviabilize a possibilidade, a comissão organizadora procura, para já, gerar "um movimento de opinião que obrigue as demais forças políticas a uma atuação mais efetiva" no domínio dos direitos dos animais.

"Seja qual for o nosso sucesso em curto prazo, estamos convictos de que os valores que defendemos são valores necessários e urgentes para impedir uma maior degradação da vida humana", declarou Paulo Borges à Lusa.

"Acreditamos que são sensíveis à nossa causa milhares de portugueses que têm um amor incondicional pelos animais e que não se revêem num leque político e partidário onde os direitos destes parecem ser quase sempre esquecidos", afirmou o também presidente da União Budista Portuguesa.
Para essa convicção contribui "o fato de muitas pessoas, nos mais variados pontos dos país, se terem oferecido para recolher assinaturas e nos ajudarem a levar para a frente este projeto", frisou.

Em prol de uma causa que "implica profundas mudanças cultural, social e educativo", o Partido Pelos Animais conta ainda com o incentivo da ativista Maneka Anand Gandhi, membro de vários governos na Índia e atual presidente da delegação indiana da organização People for Animals (Pessoas pelos Animais).

Destacando a importância e o simbolismo deste apoio, expresso numa mensagem de Maneka Gandhi disponibilizada na Net, Paulo Borges revelou que a ativista - que "encarna o mesmo espírito de não-violência de Mahatma Gandhi", seu familiar - já aceitou "vir a Portugal quando o Partido tiver formalizado a sua constituição".

O blog do Partido Pelos Animais surgiu no início de maio, depois de a deputada socialista Eugénia Alho ter acusado os partidos da oposição de, "numa altura de crise", darem "prioridade aos animais selvagens" em detrimento "dos trabalhadores" dos circos.

A reação da deputada teve lugar durante o debate em plenário dos projetos do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista "Os Verdes" para proibir o uso de animais nos circos e do projeto do PCP para reforçar a proteção dos animais utilizados em espetáculos circenses, que foram chumbados pelo PS.

A propósito das declarações de Eugénia Alho - mencionadas na entrada do blog - Paulo Borges considerou que "os direitos dos seres vivos, sejam eles homens ou animais, estão acima de qualquer época de crise. Não se pode justificar com a crise uma situação obviamente injusta em relação a seres vivos que são sensíveis, que experimentam a dor e o sofrimento e que têm direito a ter o seu bem-estar preservado".

Com informações da Lusa/ Expresso

Autoridades oferecem recompensa para encontrar serial killer de gatos



As autoridades do sul da Flórida buscam uma pessoa que já assassinou cerca de 27 gatos e oferecem uma recompensa de US$ 7.500 a quem fornecer informação que permita prender o "assassino em série".
O caso mantém em pânicoquem tem animais de estimação em Cutler Bay e Palmetto Bay, no condado de Miami-Dade, onde 25 gatos foram mutilados, esfolados e alguns tiveram os órgãos internos arrancados, de acordo com os relatórios policiais divulgados hoje. Agora o chamado "assassino em série de gatos" aparentemente se transferiu para Lauderhill, em Broward, onde foram encontrados outros dois gatos mortos na quarta-feira e no sábado passado.
O capitão Rick Rocco da Polícia de Lauderhill informou que em um dos casos o animal mostrava cortes muito precisos, "tão precisos, que parecia que se tratava de alguém que sabia o que estava fazendo".
Outro dos gatos tinha um traumatismo na testa.

Fonte: EFE


O assassino em série de gatos ataca de noite e joga os corpos dos animais nos jardins das casas, às vezes nas residências dos donos dos animais de estimação mortos. Pimentel recomendou manter os gatos dentro de casa.

"É terrível. Ele definitivamente não é uma boa pessoa", disse Dee Chess, fundador de um centro local de ajuda aos animais chamado Friends Forever.
Nick Pimentel, porta-voz da Polícia de Miami-Dade, disse à Agência Efe que há a suspeita de que possam se tratar de jovens aos quais são impostos desafios para que formem partem de gangues ou outros grupos.

Vigília para cavalos explorados em Nova Iorque


organização Friends of Animals está organizando amanhã uma vigília em Nova Iorque para chamar atenção para o sofrimento dos cavalos usados em carruagens na cidade. A aglomeração se dará ás 11 da manhã.
Existe uma campanha forte contra a indústria de carruagens na cidade americana, onde os animais são submetidos a um trânsito infernal, temperaturas extremas e condições deploráveis de alojamento. Até mesmo um documentário já foi produzido sobre o assunto. Blinders mostra a face cruel dessa indústria anacrônica e já ganhou prêmios em vários festivais.
A campanha visa abolir a indústria e não simplesmente introduzir medidas regulatórias.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Gavião é devolvido à natureza em Manaus (AM)


Um gavião da espécie Carijó, comum na região amazônica, foi devolvido à natureza por agentes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), segundo informou o órgão.O animal foi resgatado e tratado no Refúgio Sauim Castanheira, uma unidade de conservação mantida pela prefeitura, na zona Leste de Manaus, para onde são levados os animais silvestres encontrados em situação de risco. Atualmente, o local abriga mais de 80 animais.

Bastidores da aprovação do projeto de lei que proíbe o uso de animais em circos



Por George Guimarães
Escrevemos mais uma importante página de um dos capítulos da defesa animal no país. Na manhã do dia 3 de junho, a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o Substitutivo do Projeto de Lei 7.291/2006, que proíbe o uso de animais em circos em todo o território nacional. Refiro-me a essa vitória como apenas uma das páginas de um dos muitos capítulos porque esse Projeto de Lei ainda está longe de ser aprovado, pois ainda terá que passar pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e possivelmente pelo Plenário, seguindo depois para o Senado, onde passará por novas comissões. Ainda assim, a vitória de hoje na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, onde o projeto esteve tramitando por longos dois anos e meio e com isso causando grande apreensão, é certamente um momento determinante.
Diferentes grupos e indivíduos dedicados à proteção e defesa animal trabalham com a questão dos animais em circo há mais de uma década. Alguns desses estiveram presentes no Plenário 10 da Câmara dos Deputados e muitos outros estiveram presentes em tantos outros momentos, participando de reuniões, audiências públicas, visitas a gabinetes e de outras formas de articulação com os parlamentares.
Hoje pudemos sentir aliviada uma tensão que se acumulava há muitos meses. Entre uma série de adiamentos de audiências públicas que por fim não aconteceram e os também seguidos adiamentos de votações, os ativistas pelos direitos animais por muitas vezes se apresentaram desestimulados diante da desarticulação causada por esses cansativos processos. Aos que se mantiveram fortes e disponíveis enquanto os seus colegas estavam impossibilitados, e aos que fizeram os sacrifícios que foram necessários, todos os esforços foram recompensados na data de hoje. Ainda assim, é importante saber que ainda há muitos embates pela frente até que seja aprovada uma legislação em favor da abolição do uso de animais em circos nesse país.
Estar em Brasília em busca da atenção dos parlamentares não é tarefa fácil. Raramente é possível ter contato com eles, ficando a comunicação restrita aos seus assessores. Alguns informam uma posição firme do parlamentar sobre a questão de modo que podemos confiar nela, enquanto outros informam a posição de maneira duvidosa. Muitos se mostram mal informados ou sequer desejosos de receberam a informação, enquanto outros informam claramente que votarão de acordo com o partido. Ou seja, são poucos os que podemos confiar e são muitos o que nos deixam sem qualquer segurança sobre seu posicionamento. Pelo que eu pude aprender, tudo é decidido às pressas e com muitas falhas de comunicação, o que só aumenta a possibilidade de prevalecer a desinformação, haja vista que apenas a comunicação seguida da ponderação é capaz de criar espaço para informação necessária à tomada de decisão à altura de um assunto dessa importância.
Na tarde anterior à votação, a informação era a de que a negociação girava em torno de três questões: a exclusão do termo “congêneres” do texto do substitutivo (havia temor de que atividades como rodeios pudessem ser afetadas por essa lei, apesar de haver no texto um artigo que especifica essa exclusão), a extensão do prazo para destinação dos animais de três para seis anos e a exclusão da proibição dos animais domésticos (o que significava que eles poderiam continuar a ser apresentados). Segundo os opositores, havendo o aceite dessas três condições, a matéria seria aprovada. O posicionamento sobre a exclusão do termo “congêneres” e o aumento do prazo era consenso entre os defensores dos direitos animais presentes. Já com relação à exclusão dos animais domésticos, o posicionamento foi firme no sentido de não aceitar negociações com relação a esse ponto.
Em conversa com a assessoria do relator do projeto na noite de ontem (horas antes da votação), meu posicionamento pessoal foi o de que se os animais domésticos fossem excluídos da proibição, seria da minha preferência que a matéria fosse rejeitada por completo, pois preferiríamos que não houvesse uma lei caso essa fosse tão imensamente incoerente ao ponto de excluir algumas espécies animais enquanto mantém outras. Ora, ou o nosso argumento moral vale para todas as espécies ou ele não valerá. Idem para os nossos argumentos sanitários e de segurança, pois os riscos oferecidos à população são semelhantes independentemente da espécie que é mantida pela por essa atividade que tem intrínseca a característica itinerante. Além dessas, também no que diz respeito à educação, que é a matéria da Comissão de Educação e Cultura, o prejuízo causado à formação de uma criança que é convidada a divertir-se com a humilhação de um chimpanzé ou o subjugo de um leão é o mesmo ainda que os sujeitos de tal tratamento sejam substituídos por um cavalo ou um cachorro.
Passado esse debate, ficou acordado que o texto que iria para votação seria tal de forma que atendesse apenas às solicitações que se referem à extensão do prazo e à exclusão das atividades congêneres, ficando mantido o posicionamento em relação à abolição da exibição de qualquer espécie animal, excetuando-se dessa proibição apenas os animais humanos. E assim ele foi apresentado. Mas, pela manhã, a negociação da exclusão dos animais domésticos voltou ao debate no Plenário 10 da Câmara dos Deputados. Aqueles que se opunham ao substitutivo declararam-se dispostos a aceitar todos os outros termos do projeto de lei desde que os animais domésticos fossem excluídos da proibição. Essa poderia parecer uma proposta bastante tentadora, haja vista que estava distante de ser certa a aprovação caso o embate caminhasse para a decisão pelo voto (que é o oposto de uma decisão por acordo). Os parlamentares em oposição ao texto lembravam aos outros deputados sobre o risco de perderem na votação caso o acordo para a exclusão dos domésticos não fosse aceito. No entanto, para a sorte dos animais de todas as espécies, os parlamentares que discursavam e negociavam em favor dos animais mantiveram-se sóbrios e firmes em sua posição, a qual foi totalmente condizente com a proposta da libertação animal.
São merecedores dos nossos agradecimentos os Deputados Federais:
- Affonso Camargo (PSDB-PR), que apesar de não fazer parte da Comissão de Educação e Cultura, esteve presente na votação e em muitos outros momentos da tramitação desse projeto de lei, discursando sobre o tema sem amarras e, hoje em especial, convidando aos outros parlamentares a fazerem um exame de consciência ao decidirem pela posição que tomariam;
- Alice Portugal (PCdoB-BA), que defendeu com uma energia ímpar aos interesses dos animais e da sociedade humana quando se posicionou diante dos outros parlamentares munida de argumentos firmes e repletos de informação;
- Antônio Carlos Biffi (PT-MS), relator do Substitutivo do Projeto de Lei em questão, desde o início da tramitação apresentou um excelente relatório que vinha de encontro aos interesses dos animais, mantendo-se coerente com o seu arrazoado até o final das negociações;
- Maria do Rosário (PT-RS), presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, pela excelente condução dos trabalhos realizados pela Comissão por ela presidida;
- Ricardo Tripoli (PSDB-SP), que apesar de não fazer parte da Comissão de Educação e Cultura, esteve presente na votação e fez uso da palavra para defender os interesses dos animais em circos, tendo sido a sua presença de essencial importância para a mediação das negociações.
Cidadãos comuns não têm direito à voz durante a votação, mas podem estar presentes em silêncio (com exceção de uma manifestação aqui e ali, sempre devidamente advertida pela presidente da Mesa). Éramos cerca de 40 ativistas pelos direitos animais contra uma quantidade semelhante de circenses. Os ativistas posicionaram-se de maneira ordenada na penúltima fila (ou a primeira disponível para o público), exibindo faixas e cartazes, os quais foram apenas momentaneamente ofuscados pela pilha de abaixo-assinados que foi colocada sobre a mesa onde estávamos. As assinaturas, colhidas por grupos espalhados por todo o país e cujo transporte foi confiado ao VEDDAS para ser protocolado na Câmara dos Deputados, no dia anterior desfilou pelos gabinetes dos parlamentares em uma singela mala que carregava o conteúdo pesando 50 quilos (isso sem mencionar os outros 30 quilos de materiais como faixas e megafone que foram levados a Brasília com dois únicos braços e usados para adornar o ambiente externo que dá acesso ao Anexo II da Câmara dos Deputados). A pilha de assinaturas exposta sobre a mesa exibia em seus 70 centímetros de altura as assinaturas de cerca de 100.000 (cem mil) cidadãos que por meio dela declararam serem contrários à presença de animais em circos. Outras folhas, trazidas por outros indivíduos, foram agregadas a essa pilha no momento da votação.
O Deputado Ricardo Tripoli foi o segundo parlamentar a fazer uso da palavra e foi ele quem trouxe a atenção dos outros parlamentares para a platéia de defensores dos direitos animais que se colocava às suas costas. Nesse momento, ele pediu a permissão da presidente da Comissão de Educação e Cultura para que o VEDDAS entregasse à Comissão os abaixo-assinados que portava. O pedido foi acatado, mas não sem antes dar a oportunidade aos circenses de fazerem o mesmo (a minha estimativa é de que a pilha de assinaturas apresentada por eles continha cerca de cinquenta folhas). A presidente recebeu das minhas mãos as cem mil assinaturas que me foram confiadas e que foram devidamente posicionadas ao lado da Mesa, dando assim continuidade aos trabalhos.
As posições contrárias à proibição do uso de animais em circos frequentemente usavam de argumentos que excedem o limite do não risível, atestando aos mais esclarecidos que o que ocorre na verdade é que estão desprovidos de argumentos. Já as posições favoráveis à proibição do uso de animais em circos foram bastante consistentes e surpreendentemente focadas na questão animal. Digo que isso foi surpreendente porque há uma série de argumentos antropocêntricos, como as questões sanitárias e de segurança, disponíveis para uso, mas os argumentos que colocam em foco o interesse dos animais em não serem sujeitados às condições inerentes à atividade circense foram os mais usados.
Encerradas as exposições por parte dos parlamentares, houve uma breve movimentação no sentido de negociações entre eles. Das alterações propostas, a única que foi acatada pelo relator foi de estender para oito anos o prazo para a destinação dos animais. Em seguida, a matéria foi colocada em votação e, sem deixar que a tensão se alongasse, o texto foi rapidamente aprovado por unanimidade, o que provocou a comemoração entre os ativistas que ocupavam o Plenário.
Muitos grupos estiverem presentes no momento da votação. Além da presença do VEDDAS de São Paulo, destaco a presença da ADI de Londres, ANIDA do Rio de Janeiro, Coletivo Madu do Distrito Federal, Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, ProAnima do Distrito Federal e WSPA, que se manifestaram em voz uníssona durante os trabalhos. Apesar de sabermos não ter sido sempre assim na trajetória desse tema, é certo que a atitude positiva em efeito hoje na Câmara dos Deputados esteve em efeito nas últimas semanas também entre grupos e indivíduos que atuam pelo mesmo objetivo no que se refere à abolição do uso de animais em circos e que não puderam estar presentes na Câmara dos Deputados na data de hoje.
Conforme descrevi no início, ainda temos muito a trilhar tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal até que possamos concluir o capítulo que se refere aos animais mantidos em circos. Nesse sentido, peço aos grupos para que se mantenham alertas e ativos em sua mobilização. Pude constatar pessoalmente que os deputados registram e respondem às manifestações feitas por meio de mensagens eletrônicas, em especial as que são feitas em tom educado. Aos que têm acesso a Brasília, a visita aos gabinetes e outras formas de contato direto com os parlamentares são de extrema importância. Àqueles que não têm acesso fácil ao Planalto Central, mas que poderiam fazer um esforço maior para criar essa possibilidade, eu recomendo fortemente que o façam. Aos que estão impossibilitados de se fazerem presentes, escrevam de maneira educada aos deputados que farão parte da Comissão de Educação e Justiça. E desde já, todos podem escrever aos deputados que votaram na Comissão de Educação e Cultura agradecendo pelo voto favorável ao Substitutivo do Projeto de Lei 7.291/2006 que proíbe o uso de animais em circos em todo o território nacional.
Oportunamente, dividi o voo de ida a Brasília com a Senadora Marina Silva, de quem me aproximei explanando o propósito da minha viagem e seguindo com a consulta sobre o seu posicionamento em relação à questão dos animais em circos. Com muita prudência, ela me respondeu: “acredito que tenhamos uma posição bastante semelhante”.
Há muitos caminhos que, inexoravelmente, colocarão a exploração de animais não-humanos nos capítulos mais vergonhosos da história da nossa civilização. O caminho que faz uso dos processos legislativos é um deles e por isso devemos saber usá-lo com eficácia. Nesse caminho, onde os parlamentares são os únicos a terem voz no momento da votação em plenário, não devemos nos esquecer de que somos nós que damos voz a eles. E para aqueles de nós que escolhemos fazer uso de nossa voz em favor de outrem, ainda que esse outrem não nos tenha elegido por meio dos mesmos processos eleitorais em efeito em nossa sociedade humana moderna, lembremo-nos de que somos nós a ponte entre eles e aqueles que têm o poder de legislar de forma que possa ser favorável à sua libertação.
Ofereço os meus agradecimentos pessoais à Ana Nira, Marina Corbucci, Renata Martins e Sônia Fonseca, cujo apoio e orientação foram preciosos para a realização do trabalho no qual eu propus a engajar-me nesse breve período.
George Guimarães

VEDDAS – Vegetarianismo Ético, Defesa dos Direitos Animais e Sociedade
http://www.veddas.org.br/
veddas@veddas.org.br

Veja as fotos que ilustram os acontecimentos acessando www.veddas.org.br/circos/fotos.htm

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