sábado, 27 de fevereiro de 2010

Tosse dos canis

Fonte: http://www.clubedoakita.com.br/doencas-caninas/tosse-dos-canis.html

A "Tosse de Canil" ataca os cães e os faz tossir continuamente. Nos filhotes pode gerar broncopneumonia, que dá apatia, febre, corrimento nasal e perda de apetite, tornando mais lento o crescimento e com um índice de 30 a 40% de óbitos. É causada pela bactéria Bordetella, que se propaga pelo ar, mais facilmente em ambientes pouco ventilados com vapores de amônia da urina. Até há pouco tempo em tratada com relativa eficácia por antibiótico.

O cão pode apresentar sinais clínicos que lembram muito o resfriado humano, com tosse, espirros, febre, falta de apetite e coriza. Damos o nome a esse quadro de traqueobronquite ou "tosse dos canis". Essa doença pode aparecer em qualquer época do ano, porém há uma maior predisposição nos meses frios.

A doença pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos, e é altamente contagiosa entre os cães através do contato direto entre os animais. Os agentes mais comuns que podem causar a traqueobronquite são:

vírus: parainfluenza e adenovirus tipo 2 (não transmissíveis ao homem)
bactérias: Bordetella bronchiseptica (transmissível ao homem, mas na maioria dos casos em pessoas com o sistema imunológico deprimido)

Os animais sadios, após o contato com cães doentes, podem desenvolver os sintomas num período de 3 a 10 dias. As infecções causadas por vírus normalmente são mais brandas, e não requerem tratamento específico. Porém, quando mais de um agente está envolvido, principalmente a Bordetella, o quadro se torna mais grave, e é necessário tratar o animal para que não se desenvolva pneumonia.

A prevenção da doença se faz através da vacinação। Além da vacina anti-rábica e da vacina múltipla (contra cinomose, hepatite, leptospirose, parvovirose, coronavirus e parainfluenza), todo cão pode receber uma dose da vacina contra a tosse dos canis a partir de dois meses de vida, com reforço anual. A vacina é intranasal (o líquido é instilado dentro das narinas do cão - dose única) ou injetável (2 doses). A vacinação protegerá o animal contra a parainfluenza, o adenovirus tipo 2 e a Bordetella.

Outros fatores podem causar tosse nos cães, como friagem, odores fortes (produtos de limpeza, solventes, tintas...) e alergias a ácaros ou pólen। Animais nessas condições estarão mais sensíveis e, portanto, predispostos a serem contaminados por um vírus ou bactéria, o que irá agravar o quadro respiratório.O correto é vacinar e, no inverno, evitar passeios em horários ou dias muito frios e banhos muito freqüentes, principalmente em animais idosos.

Raças de pelagem curta, como doberman, dachshund, pinscher e outros, sentem muito frio. Todo cão deve ter uma casinha, canil ou abrigo no inverno. Cães que dormem desabrigados são sérios candidatos a desenvolver doenças respiratórias.

ETIOLOGIA E TRANSMISSÃO

A bactéria Bordetella bronchiséptica é a causa primária da traqueobronquite infecciosa canina (tosse dos canis). Embora a tosse dos canis seja a manifestação clínica mais comum da bordetelose, uma broncopneumonia fatal pode ocorrer como resultado de infecções primárias e secundárias. As infecções mistas na tosse dos canis são comuns, possuem efeito sinergístico com a B. bronchiséptica e podem ter como agentes o vírus da Parainfluenza Canina (VPIC), adenovírus caninos dos tipos 1 e 2 (AVC-1 e AVC-2), herpes vírus canino, reovírus caninos dos tipos 1, 2 e 3, micoplasmas e ureaplasmas. Individualmente esses agentes causam uma doença muito suave ou são albergados na vias aéreas de portadores assintomáticos.

A traqueobronquite infecciosa é altamente contagiosa e a transmissão ocorre por aerossóis, ou seja, gotas eliminadas na tosse e espirro de animais contaminados. Assim animais sadios em contato com animais doentes podem desenvolver a doença. É daí que surge a denominação tosse dos canis, pois a doença torna-se comum onde cães são confinados juntos como canis , lojas de animais etc.

Filhotes recém desmamados, animais imuno-deprimidos por motivos diversos (expostos a friagem, produtos químicos, alérgicos a ácaros, anêmicos, mal alimentados, estressados etc) são mais predispostos a desenvolverem a doença.

A maior ocorrência da doença ocorre no inverno, apesar de haver casos em qualquer época do ano.

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SINTOMAS

Na forma mais branda da doença o sintoma mais comum e evidente é a tosse curta e repetida de tom seco. Frequentemente acompanhada de engasgos ou movimentos de esforço de vômito que podem ser confundidas com vômito ou sufocamento. Essa tosse torna-se mais frequente durante o exercício, excitação ou pressão sobre a traquéia. O cão come normalmente, permanece ativo, alerta e não apresenta febre. O curso clínico é geralmente de 7 a 12 dias.

A forma mais grave da doença resulta em infecções mistas em cãezinhos não vacinados provenientes de lojas, abrigo de animais, etc. A broncopneumonia bacteriana secundária parece ser o determinante da severidade da doença. A tosse torna-se produtiva devido a traqueobronquite acrescida de broncopneumonia. O cão, nesse caso, pode apresentar anorexia, depressão, febre, descarga nasocular (rinite e conjuntivite serosas ou mucopurulentas. Essa forma severa é difícil de distinguir da cinomose e pode algumas vezes ser fatal.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da doença é feito através da observação da sintomatologia clínica e do histórico de algum antecedente de exposição a outros cães doentes. Os hemogramas e as citologias revelam achados inespecíficos. A cultura da bactéria não é relevante, pois a B. bronchiséptica pode estar presente nas vias aéreas de animais que são portadores assintomáticos da doença. A radiografia torácica é importante no caso da forma mais grave da doença que pode evoluir para uma broncopneumonia secundária.

TRATAMENTO

No caso da forma mais branda da doença, esta é auto-limitante em 7 a 14 dias, e cães com sinais suaves não exigem terapia específica. Em casos mais graves com o envolvimento do trato respiratório inferior o tratamento é feito através da administração de antibióticos diretamente no trato respiratório, seja por nebulização, seja por injeção intratraqueal para eliminação da B. bronchiséptica da área traqueobrônquica.

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PREVENÇÃO

A melhor maneira de prevenir a doença é através da vacinação. A imunização de filhotes é feita a partir de 2 meses de idade com uso de vacinas intranasais que protegem a mucosa nasal dos animais, e com revacinação anual. Há também a imunização feita com vacinas injetáveis que não protegem a mucosa nasal e não protegem contra adenovírus tipo 2. Essa vacina é aplicada em 2 doses com intervalo de 15 dias.

No inverno, é importante evitar banhos frequentes, principalmente em animais idosos. E não deixar os cães expostos à friagem, principalmente os de raças de pelo curto que sentem muito frio. Manter distancia de cães infectados é também importante.

A desinfecção pode ser feita com hipoclorito de sódio diluído, por clorexidina ou por cloreto de benzalcônio, nas instalações contaminadas.

No caso de canil, assegure ventilação apropriada de pelo menos 12 trocas de ar por hora.

Um comentário:

Anônimo disse...

O site é bem instrutivo, além disso tem uma preocupação Admirável em prol aos animais!

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