Segundo o ecólogo e diretor da Ampa, Jone César Silva, esses animais são alvo de caça direta e indireta, como é o caso do peixe-boi, que tem a carne bastante apreciada na região amazônica. Muitos chegam ao centro machucados ou órfãos, pois tiveram os pais caçados. O caso do boto-vermelho, mais conhecido como boto-rosa, é diferente: a carne dele não é consumida, mas serve como isca de pesca.
"Estamos nos concentrando em pesquisas de habitat e num acompanhamento intensivo para saber se [as populações de boto] estão diminuindo ou aumentando. Procuramos deixá-los em lugares onde não existam histórico de caça ou de pesca" diz Jones.
De acordo com o ecólogo, 10% da população de botos está sendo morta a cada ano, por caça predatória. Jones destaca que o peixe-boi e o boto-rosa são os mais ameaçados. Ele disse que o projeto tem parcerias com outros órgãos de fiscalização e combate à caça e pesca dos animais, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), porém, o objetivo é a preservação por meio da educação ambiental.
"Pretendemos montar uma rede de estudos e incentivo à preservação desses animais, que vêm sendo ameaçados há muito tempo, e consequentemente pretendemos [alcançar] a preservação de outros animais indiretamente", destacou।
Estadão
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