sexta-feira, 7 de maio de 2010

Elefante tem é medo de abelha, não de ratos

Editora Globo
Se você gosta de desenhos animados, com certeza já viu a cena típica de um elefante morrendo de medo de uma ratinho. E pensou que é óbvio que não passa de brincadeira, afinal, como um animal daquele tamanho teria medo de um bichinho daqueles? De fato, o paquiderme não teme os ratos, mas, de acordo com estudo divulgado pela Discovery, eles têm medo de animais bem menores: as abelhas। Eles até disparam um alarme quando os insetos se aproximam। E isso pode ajudar a salvar plantações.

A descoberta que os elefantes emitem um som de baixa frequência quando estão próximos a abelhas, publicada no jornal científico Public Library of Science, pode ajudar a salvar esses animais e garantir o sustento de famílias africanas. Em países como Quênia os grandes animais são perseguidos por atacarem plantações familiares e destruírem tudo. Em muitos casos, os agricultores fazem vigília constante no tempo da colheita para tentar assustar eventuais manadas e alguns chegam caçar os elefantes.

A ideia da pesquisadora, Lucy King, responsável pelo estudo é criar cercas de abelhas. Os agricultores poderiam colocar colméias em postes distantes 10 metros um do outro, e interligá-los por fios. Quando os elefantes encostarem nos fios, eles vibram e agitam as abelhas. O bicho corre e avisa os demais com seu alarme inaudível.

A descoberta faz parte de dois trabalhos de Lucy. No primeiro, feito pela Universidade de Oxford, ela emitiu sons de abelhas para elefantes que fugiam desesperados. O animais mais distantes também corriam, e isso a fez pensar que eles teriam alguma forma de avisar uns aos outros sobre a presença dos insetos.

No segundo trabalho, pela Organização Salve os Elefantes, ela posicionou microfones que captam sons em baixa frequência em árvores, gravou os sons dos animais e depois reproduziu para eles। Os elefantes se agitaram e correram, como fazem quando percebem as abelhas. E isso confirmou que o som que emitem é um alarme contra os insetos. A pesquisadora diz que ainda faltam estudos complementares para que a técnica sugerida seja aplicada por locais suscetíveis ao ataque dos elefantes.

Fonte: Revista Galileu

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