sábado, 9 de abril de 2011

Primeiro peixe-boi nascido em cativeiro na Amazônia faz aniversário



Erê e a mãe, Boo, em cativeiro localizado nos laboratórios do Inpa, no Amazonas


Erê e a mãe, Boo, em cativeiro localizado nos laboratórios do Inpa, no Amazonas


(Divulgação/Inpa)



Erê, o primeiro peixe-boi da Amazônia nascido em cativeiro completou nesta sexta-feira 13 anos de idade.


O nascimento e a história de Erê é considerado são considerados um marco na ciência e nos projetos de proteção desta espécie de animal, que está na lista de riscos de extinção na Amazônia.


Erê é filho do primeiro peixe-boi recolhido pelo projeto Peixe-boi da Amazônia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT).


Tudo começou com o resgate de um filhote de peixe-boi fêmea, batizada como “Boo”, nos anos 70, período em que se sabia muito pouco sobre a espécie.


Ela foi levada ao Instituto ainda filhote, vítima de maus tratos. Recebeu os primeiros cuidados da pesquisadora pioneira do Projeto, Diana Magor.


Boo resistiu a dias difíceis vividos pelo Projeto nas décadas de 70 e 80, e, pelo bem da ciência, em 1998, aos seus 24 anos, deu à luz a Erê. O nome foi escolhido por meio de uma campanha.


O nascimento do Erê foi uma grande surpresa.


No dia 08 de abril de 1998, os tratadores do Projeto Peixe-boi da Amazônia esvaziaram o tanque para ser realizado exame de biometria, pesagem e medida dos animais, e levaram um grande susto. Havia um bebê peixe-boi ainda envolto na placenta junto aos demais.


“Foi um misto de sentimentos: surpresa, alegria, espanto. Nós já tínhamos observado que a Boo estava mais gorda e mais resistente ao toque na hora que fazíamos a biometria, mas não esperávamos que ela estivesse grávida. Infelizmente não presenciamos o parto, o que tornaria a surpresa muito mais emocionante. Para mim é um orgulho ter acompanhado o crescimento desse filhote”, conta emocionado o tratador que atua no Projeto há 15 anos, Marcelo da Silva.


Para o veterinário do Inpa, Anselmo d’Affonseca, esse foi um acontecimento importante para obtenção de mais informações sobre a biologia da espécie.


“A partir desse nascimento, começamos a ter dados sobre a interação de mãe e filhote, a composição do leite, da vocalização da mãe e filhote, da época de desmame, foi possível também começar a comparar o crescimento do Erê com os filhotes órfãos”, explica.


Grande família


Boo aumentou a família. No ano em que o Erê completou três anos, mais um herdeiro dela veio ao mundo, infelizmente natimorto.


No entanto, mais uma vez ela surpreendeu a todos ao realizar outra façanha inédita, ela adotou dois filhotes órfãos: Tapajós e Manaós.


Depois de ter criado os filhos adotivos, a mamãe Boo novamente engravida e em 2004, nasce Kinja.


No ano em que a Ampa comemorava suas 10 primaveras, o Parque Aquático Robin C. Best ganha mais um morador, Ayrumã, o terceiro filho legítimo da super-mamãe, que não satisfeita, resolveu aumentar a família com mais um membro, adotando sua terceira filha, Erapuã.

Fonte: Acritica.com

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