Um filhote de peixe-boi, de aproximadamente 4 meses, foi apreendido pela Secretaria de Meio Ambiente da Comunidade Mato Grosso, próximo ao município de Coari e entregue a fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O peixe-boi mede 60 centímetros e está machucado por ter sido achado enrolado em rede de pesca. O bicho chegou a Manaus às 4h30, trasladado por um barco recreio “Leão de Judá”.
Mais de 60 filhotes de peixes-bois, cujas mães foram vítimas da caça, já foram reabilitados com sucesso pela Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), organização não governamental que atua em parceria com o Laboratório de Mamíferos Aquático (LMA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).
O mamífero tem sido alvo de estudos por mais de 35 anos pelo INPA, e há quase 10, com a criação da ONG, é protegido pela Equipe Amiga do Peixe-boi da Amazônia. Cinco filhotes nasceram nos tanques do parque; o último foi no início de 2010.
Atualmente, o Laboratório de Mamíferos Aquáticos abriga 44 exemplares da espécie. Desses, 8 são adultos; 6, subadultos; 20, jovens; e 12 filhotes. Em 2010, o maior número de animais dessa espécie foi trazido para o LMA: um total de 10.
Situado em Manaus, o INPA iniciou, em 1974, os estudos sobre a biologia e conservação do peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis), e, em 1985, foi criado o Centro de Preservação e Pesquisa dos Mamíferos Aquáticos, situado na Usina Hidrelétrica de Balbina, no município de Presidente Figueiredo, no Amazonas.
Além da proteção do peixe-boi, a Ampa tem atividades de proteção, conservação, pesquisa e manejo de outros mamíferos aquáticos existentes na região, como a lontra neotropical (Lontra longicaudis), a ariranha (Pteronura brasiliensis), o tucuxi (Sotalia fluviatilis) e o boto-vermelho (Inia geoffrensis).
Fonte: Estadão
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