Pesquisadores britânicos garantem que os sapos podem ajudar a prever terremotos. Os cientistas dizem que o comportamento dos animais se altera cinco dias antes do abalo.
Segundo os biólogos britânicos, a prova conclusiva foi dada por uma população de sapos que fugiu da colônia onde vivia três dias antes do terremoto que abalou a cidade italiana de Aquila, em 6 de abril 2009. O local que abandonaram situava-se a 74 quilômetros do epicentro do sismo, revelam os cientistas no Journal of Zoology.
A bióloga Rachel Grant, da britânica Open University, estudou diariamente o comportamento de várias colônias de sapos na Itália nas proximidades do terremoto. A pesquisa compreendeu um período de 29 dias antes, durante e depois do abalo.
Rachel Grant estudava os sapos em San Ruffino, a 74 quilômetros do epicentro, quando começou a notar comportamentos estranhos nos animais. Cinco dias antes do abalo reparou que a população de sapos tinha diminuído.
“Este estudo é o primeiro a documentar o comportamento animal antes, durante e após um terremoto”, afirma a bióloga, que acredita que os sapos fugiram para terrenos mais elevados, locais com menos probabilidade de caírem pedras ou de haver inundações.
Como é que os sapos pressentiram a atividade sísmica ainda é um mistério, mas a cientista acredita que os animais detectaram algo. “A nossa investigação sugere que os sapos são capazes de detectar sinais pré-sísmicos como a libertação de gases”, explicou em declarações à BBC.
Fonte: SIC
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