domingo, 14 de dezembro de 2008

Bebês e Crianças Vegetarianas


E quando o meu bebê nascer? Será possível dar-lhe uma alimentação vegetariana?


O melhor alimento para recém-nascidos é o leite materno। Se o bebê não puder ser amamentado, poderá optar pelos leites de soja especiais para bebês . Bebês vegetarianos que estejam a ser alimentados à base de leite de soja especial devem ser expostos à luz solar de fraca intensidade, durante passeios ao ar livre ao fim da tarde ou pela manhã, duas horas por semana, de forma a sintetizarem a vitamina D necessária. Alguns bebês, especialmente aqueles que vivem em climas frios, deverão beber leite de soja especial enriquecido com vitamina D. Mulheres vegetarianas que estiverem a amamentar devem ter o especial cuidado de consumir boas quantidades de alimentos ricos em vitamina B12, pois os níveis desta vitamina no leite materno são afetados pelas escolhas alimentares da mãe e são importantes para o bebê.


A partir do quarto ou quinto mês de idade já se poderão incluir outros alimentos na alimentação do bebê। A adição de novos alimentos deve ser feita lenta e gradualmente, adicionando um alimento de cada vez:


4 a 5 meses:
Alimentos ricos em ferro poderão ser adicionados, tais como os cereais enriquecidos। O primeiro cereal que deverá ser incluído na alimentação do bebé deve ser o arroz, podendo ser adicionado ao leite materno ou ao leite de soja especial.


6 a 8 meses:
Nesta fase deve fazer-se a introdução dos vegetais। Estes devem ser consumidos com uma consistência pastosa (bem cozidos e reduzidos a puré). Batata, feijão verde, cenouras e ervilhas são boas escolhas. Após a inclusão dos vegetais na dieta diária, as frutas deverão ser o próximo alimento a incluir nas refeições diárias do bebé. Frutas em puré, como as bananas ou os pêssegos maduros, e sumos de fruta – por exemplo, sumo de maçã – são formas eficazes de apresentar ao bebê novos alimentos.


A partir dos oito meses:
Aos oito meses de idade, a maioria dos bebês já está pronta para incluir na sua alimentação bolachas, pão (e outros cereais secos) e alimentos proteicos, tais como o tofu (bem cozido e reduzido a puré), ou algumas leguminosas, como o feijão (bem cozido e reduzido a puré)। A evolução de uma alimentação vegetariana cada vez mais variada e convencional, embora sempre com os devidos cuidados para que seja completa e equilibrada, deverá acontecer, a partir dos oito meses, exactamente como aconteceria se não fosse vegetariana – a única diferença que existe são os alimentos que os bebés comem, mas os processos de alimentação e crescimento são os mesmos.

A minha filha tem 8 anos, gosta muito de animais e diz que não os quer comer। Não será muito nova para ser vegetariana?


As crianças e os adolescentes necessitam de uma alimentação muito nutritiva e energética। No entanto, o seu estômago ainda é bastante pequeno. Para ter a certeza de que a criança está a ingerir as quantidades de energia necessárias para um eficaz desenvolvimento e crescimento, poder-se-á seguir uma dieta polifraccionada, ou seja, que inclua várias refeições ao dia, com alimentos ricos em hidratos de carbono complexos, fibras, vitaminas e minerais, conjugando nos lanches da manhã e da tarde cereais e frutas.


Encorajar as crianças a mastigar bem os alimentos é uma forma simples de contribuir para uma melhor absorção e aproveitamento destes। Com base nos mais recentes estudos nesta área, pode-se afirmar que as crianças que têm uma dieta baseada em frutas, vegetais, cereais e legumes, entre outros produtos de origem vegetal, desenvolvem-se mais saudavelmente do que crianças que fazem uma alimentação omnívora.


Os bebés amamentados naturalmente, bem como os bebés alimentados a leite de soja especial, apresentam um desenvolvimento mais lento em comparação com bebés alimentados com fórmulas especiais à base de leite de vaca, o que sugere que existe uma proximidade entre a alimentação natural (leite materno) e a alimentação vegetariana (leite de soja), sendo esta a mais adequada ao ritmo natural de crescimento do bebé. Tal como acontece com os bebés, as crianças vegetarianas apresentam um desenvolvimento menos acelerado do que as crianças não vegetarianas porque não incluem na sua alimentação alimentos nutricionalmente enriquecidos de uma forma artificial (como é o caso dos alimentos animais). Esta diferença é evidente durante a infância, mas dissipa-se na adolescência e não tem consequências negativas para estas crianças e para o seu desenvolvimento posterior.

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