sexta-feira, 27 de abril de 2012

Dia Mundial da Anta é celebrado hoje

                                      Foto: ulissesgirardi




No dia 27 de abril é comemorado o Dia Mundial da Anta (www.tapirday.org). A data foi criada para aumentar a conscientização do público em geral sobre a causa da conservação das quatro espécies de antas que habitam a América Central, América do Sul e Sudeste da Ásia.

Apesar de seu tamanho e importância ecológica, as antas continuam sendo animais pouco conhecidos pela sociedade e sofrem com o preconceito e estereótipo errôneo de “animal de pouca inteligência”. Além disso, são freqüentemente confundidas com outras espécies de animais, o que mostra claramente a necessidade de disseminar informações sobre suas características ecológicas e importância para a manutenção de nossa biodiversidade. 

As quatro espécies de anta estão em declínio. A anta da montanha, que vive nos páramos da cordilheira dos Andes na Colômbia, Ecuador e Peru, caminha para a extinção; a anta centro-americana, o maior mamífero terrestre das Américas, enfrenta sérias ameaças em suas áreas de ocorrência na América Central. Já na Ásia, a anta malaia enfrenta ameaças graves na Indonésia e outros países devido à destruição do hábitat para plantios comerciais de óleo de palmeira. No Brasil, onde vive a Anta Brasileira, a espécie sofre diversas ameaças, em especial a destruição e a fragmentação de seus hábitats (Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal), a caça e os atropelamentos em rodovias.

Para enfrentar as ameaças à sobrevivência da anta no Brasil, algumas ações vêm sendo realizadas. Destaca-se a Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira, trabalho do Ipê, coordenado pela pesquisadora Patrícia Medici. 

De 1996 a 2007, o Ipê desenvolveu um programa de pesquisa e conservação da Anta Brasileira na Mata Atlântica da Região do Pontal do Paranapanema, São Paulo. Este programa gerou um enorme banco de dados de informações sobre a espécie. Em 2008, a equipe considerou ter chegado o momento de usar essa experiência para expandir suas iniciativas de pesquisa e conservação da espécie para outros biomas brasileiros e foi estabelecida a Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira. A primeira “parada” foi o Pantanal, onde as ameaças e problemáticas de conservação para a espécie são bastante diversas e onde nunca havia sido realizado um estudo de longo-prazo sobre a Anta Brasileira. Assim, a meta primordial do Programa Anta Pantanal é obter dados de demografia, genética e saúde das antas, bem como informações de uso de hábitat e do mosaico de fragmentos naturais característicos de muitas regiões do Pantanal, visando estabelecer um programa de pesquisa e conservação de longo-prazo e subsidiar a formulação de recomendações para a conservação da espécie na região. Depois do Pantanal, a Iniciativa visa expandir suas ações para os biomas Amazônia e Cerrado. 

Sobre as antas
Como grandes herbívoros, as antas são invariavelmente as primeiras espécies afetadas pela invasão humana em seu habitat. Antas habitam sobretudo florestas, de preferência ripárias, savanas abertas e áreas inundáveis. Elas formam uma parte importante do ecossistema onde habitam atuando como dispersoras de sementes, e formam um dos mais antigos gêneros sobreviventes no reino animal.


Fonte: Baixada Fácil

Em Jundiaí, até cão é doador de sangue


Cidade agora conta com banco de sangue para cachorro e gato e serviço deve ajudar a salvar muito animaisPOR MICHELE STELLA



Apaixonada por bichos desde a infância, a professora de educação física Cláudia Simões Trevisan, de 34 anos, não hesitou quando soube que um dos seus fieis amigos poderiam salvar a vida de outros cachorros doando sangue.
“Não pensei duas vezes porque não há sofrimento nenhum para o animal. Se o meu cachorro tem perfil para ser um doador e pode ajudar a salvar outros, é um dever colaborar”, diz, explicando que soube por meio de uma amiga, que Jundiaí agora conta com um banco de sangue canino e felino.
A novidade  está sendo implantada na cidade desde outubro de 2011 pela biomédica Martha Silveira e Costa, da Amazoo Pet Store, clínica veterinária especializada no atendimento de animais exóticos. “Comecei fazendo alguns tipos de exames e surgiu a ideia do banco de sangue porque Jundiaí não contava com esse tipo de serviço”, explica Martha.
Segundo ela, os veterinários da cidade recorriam a bancos de sangue em São Paulo e Campinas quando havia essa necessidade. Ou, então, optavam por um método não indicado - transfusão direta de um animal para outro. “Isso nada mais é do que tirar o sangue do doador e transferir para o cachorro doente sem que seja feito qualquer tipo de exame, o que é muito arriscado”.
Com um banco de sangue em funcionamento na cidade, o acesso a esse recurso se torna mais vantajoso financeiramente e os animais ganham em segurança, pois são feitos diversos tipos de exames no sangue colhido antes que ele seja aplicado em outro bicho. “A gente faz a prova cruzada, o que é garantia de compatibilidade entre um cachorro e outro”, enfatiza a biomédica.
Desafio / Conscientizar as pessoas a respeito da funcionalidade do banco de sangue e, principalmente, estimulá-las a tornar seus animais de estimação potenciais doadores é tarefa bastante difícil, segundo Martha. Em cinco meses, foram colhidas somente 20 bolsas de sangue de 350 ml cada. “Foram todas usadas rapidamente porque há demanda”.
Segundo a biomédica responsável pelo banco de sangue, o objetivo é ter estoque de bolsas tanto para cães quanto para gatos. “O animal não vai sofrer por doar sangue, nem ficar fraco ou qualquer coisa do tipo. As pessoas precisam se conscientizar”.
Avanço / Para o veterinário Armando Antunes Filho, um banco de sangue para animais é um avanço para uma cidade do porte de Jundiaí. “Vai facilitar muito e salvar muitos animais, com certeza”, simplifica. Doenças como a do carrapato e acidentes como atropelamentos são as principais causas de transfusão em cães.
“É muito difícil achar um doador rápido e o que acontecia até agora é que o animal ficava um bom tempo doente, sofrendo. Com o banco a realidade será outra, tenho certeza”, completa. A redução nos custos é outro ponto citado pelo veterinário como vantajoso, já que os donos de animais precisavam além de pagar pela bolsa de sangue, também arcar com as despesas do transporte de São Paulo ou Campinas até Jundiaí. “Agora o trabalho é mesmo de conscientização”.
Empecilho financeiroBolsas de sangue em laboratórios de São Paulo e Campinas têm variação de preço de R$ 90,00 a R$ 200,00 além do custo com o transporte. E a missão de entrar em contato com estes locais é do proprietário do animal e não dos veterinários.
Fonte: Bom Dia Sorocaba

Ativista vegano é perseguido judicialmente por defender tubarões


Por Lobo Pasolini

                    Imagem: Reprodução
Um ativista vegano está sendo processado por ‘danos morais’ por defender animais. Paulo Guilherme, conhecido como Pinguim, está respondendo judicialmente por atos e opiniões em prol da vida dos animais marinhos. Pinguim é integrante do Onda Azul e do Divers for Sharks, mergulhou a fundo na problemática ambiental da vida marinha de Recife e, sempre de maneira democrática, colocou o assunto à tona nas redes de discussão desse tema, dentre os quais sobre a conduta de um professor graduado em engenharia da pesca.
Por expor publicamente a sua opinião sobre a situação real da captura dos tubarões por barcos de pesca e pelo recebimento de suas carcaças por universidade local, o ativista está sendo processado por esse professor, que pede danos morais.
Eu conversei com o time que está ajudando Pinguim a se defender desse ataque absurdo de um acadêmico para ter dados mais atualizados sobre o caso.
O que aconteceu exatamente?
O Pinguim está sendo processado por levantar, através de listas de discussões próprias de assuntos ambientais, bem como em sites, a situação alarmante em que se encontram, hoje, os animais marinhos de Recife, dando ênfase na questão dos tubarões, que vêm sendo vítimas de,segundo o ativista, de políticas equivocadas por parte dos organismos públicos e de condutas ilegais por parte de barcos pesqueiros e desinformações a respeito da melhor maneira de preservá-los sem agredi-los.
Pinguim, publicamente, criticou as posturas adotadas por um professor da UFRPE, graduado em engenharia da PESCA e, dentre outras funções, Diretor do Departamento de Pesca e Aquicultura da UFRPE e também presidente do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões.
Em suma, o ativista não concorda com a utilização dos tubarões capturados para servirem de cobaia no laboratório utilizado pelo autor da ação e de barcos de pesca (como exemplo, o Sinuelo) utilizados pela UFRPE para realização de pesquisas em arquipélagos, áreas de proteção ambiental, assim como a utilização de espinheis para servirem como escudo nas prais de Recife. Uma vez que os tubarões furam este bloqueio, podem ser capturados pela linha de espera. Nesse processo, outros animais acabam também sendo assassinados.
Por ser vegano, Pinguim acredita no indivíduo e condena o assassinato de seres senscientes.
Por criticar alguém que se considera intocável, por pertencer ao mundo acadêmico, Pinguim está respondendo na Justiça de Pernambuco, por meio de uma ação indenizatória.
Em que pé se encontra o processo ?
A ação judicial está sob os cuidados dos Advogados especializados em Direito Animal e Ambiental, Bianca Kölling Turano e Leandro Mello Frota. A Dra. Bianca Turano, inclusive, já respondeu a duas ações judiciais, há uns dois ou três anos, por questões bem parecidas: denunciou um caso de maus tratos contra uma cadela e teve de responder na Justiça, por meio de uma ação indenizatória. Felizmente, saiu vitoriosa em todas as ações.
Como os ativistas podem ajudar?
Os ativistas podem ajudar assinando o abaixo-assinado referente ao meu processo, pois este será colocado nos autos da ação. Através da divulgação e de uma comoção nacional, o assunto poderá ganhar maior visibilidade e, desde que pautado na questão dos direitos animais, a sociedade poderá sair lucrando ao saber de nossa existência e daquilo que preconizamos, ou seja, animais como sendo indivíduos possuidores de direitos morais básicos e estes devem ser respeitados. Assim como nós, ativistas, temos o dever de salvaguardar estes direitos e de expor publicamente as nossas opiniões, sem que fiquemos com medo de levar um processo nas costas, como foi o caso da Bianca e, hoje, está sendo o meu. A época da ditadura acabou.
Fonte: ANDA

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Gato preto ganha massagem de macaquinho


O gatinho foi flagrado em um momento relaxante e de
 muita mordomia (Foto: Barcroft Media/The Grosby Group)
Um macaquinho que vive na rua decidiu mostrar toda a sua habilidade com as mãos e executou uma famosa massagem tailandesa nas ruas de Kuala Lumpur, na Malásia.
O primata se divertiu durante a massagem enquanto passava suas patinhas pelas costas do gato e, durante o processo, o macaco aproveitou para comer as pulgas que arrancava do pelo do felino.
O consultor de negócios francês Romain Mattei estava desfrutando de uma viagem pela Malásia quando se deparou com a cena e claro, não pode deixar de registrá-la no mesmo instante.
Fonte: R7

quarta-feira, 25 de abril de 2012

SILÊNCIO ROMPIDO!



O BARULHO DOS DEFENSORES DOS ANIMAIS PROVOCA COMISSÃO E JURISTAS 
E GANHA ESPAÇO NA MÍDIA 

    A mobilização dos defensores dos animais nas últimas semanas trouxe à pauta uma discussão que até então estava esquecida na Reforma do Código Penal e que muito provavelmente pegaria a todos de surpresa.
    A informação de que o projeto pode encampar a lei dos crimes ambientais e que as condutas hoje previstas como crime seriam transformadas em meras infrações administrativas mobilizou um grupo formado por defensores dos animais, juristas, parlamentares, secretários de estado e até mesmo o relator da comissão de reforma do código penal a se unir e lançar uma carta aberta em repúdio ao possível retrocesso.
    Tal iniciativa provocou a comoção de vários artistas, que entenderam o perigo iminente e aceitaram gravar vídeos alertando a população sobre a gravidade da situação, convocando-os a assinarem a petição em apoio à carta aberta

Finalmente o assunto foi colocado em pauta e conseguiu a atenção de jornais, revistas e outras mídias:
Veja a lista completa aqui
Nossa luta pela manutenção das condutas de crueldade contra animais como crime e pelo aumento das penalizações está apenas começando, uma vez que o anteprojeto será apresentado no Senado, em 25 de Maio, e à partir de então poderá sofrer, ainda, várias modificações.
Precisamos nos manter alertas e coesos. 
Focados no mesmo objetivo.
ASSINE A PETIÇÃO!




Comissão proíbe uso de pele de animal em eventos de moda


Renato Molling (Foto: Arquivo/ Beto Oliveira)
A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou hoje o Projeto de Lei 684/11, do deputado Weliton Prado (PT-MG), que veda o uso de peles de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos em eventos de moda no Brasil. A pena prevista é de reclusão de um a três anos e multa. O projeto acrescenta artigo à Lei de Crimes Ambientais (9.605/98).
O relator da proposta, deputado Renato Molling (PP-RS), apresentou substitutivo para retirar da proposta o couro proveniente de animais reproduzidos em cativeiro e criados com autorização oficial. Segundo o parlamentar, “o Brasil não abate qualquer animal para atender a demanda por couro ou pele. Nesse sentido, a produção de couro é, na realidade, uma indústria de reciclagem, que transforma um subproduto que seria descartado em um bem econômico”.
Molling também defendeu a importância do couro para a balança comercial do Brasil. “A indústria curtidora brasileira transformou-se em um importante player do mercado internacional, participando com cerca de 10% da oferta mundial de couro, gerando divisas anuais da ordem de US$ 2,0 bilhões e contribuindo com 7% do saldo da balança comercial do Brasil”, afirmou.
Tramitação
O projeto, que está sujeito à apreciação do Plenário, segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (inclusive no mérito).

BABY CHIMPANZÉ ADOTADO POR MASTIFF E FILHOTES

Por Luiz Rodrigo


Mastiff é uma raça canina oriunda do Reino Unido. De origem antiga, vê-se desenhos egípcios com estes caninos datados de 3000 a.C. Até mesmo um dos césares viu a força e a coragem destes animais quando lutaram ao lado dos ingleses em 55 a.C. Impressionado pelas qualidades desta raça, o imperador os popularizou como guerreiros em lutas contra touros, leões e até mesmo gladiadores. Conhecidos como cães de guarda, são considerados excelentes guardiões.
Essa simpática cachorrinha adotou esse lindo bebê Chimpanzé. As fotos falam tudo sobre essa incrível adoção. Vejam e fiquem maravilhados. 












Fonte: E-mail

Tartarugas e peixes são apreendidos pela PRF sendo transportados por ex-vereador no MT




                                         (Foto: Kassu / Água Boa News)
Peixes de várias espécies e duas tartarugas vivas foram apreendidos pela PRF na região de Água Boa por volta das 19h00 de sexta-feira, 20 de abril, sendo transportadas em um veículo de Goiânia (GO) pelo ex-presidente da Câmara de Novo Santo Antonio, Keith Olivetti dos Santos Lima, de 42 anos, natural de Barreira do Campo (PA).
Ao Água Boa News, o Policial Rodoviário Federal Nilson Junior disse que a apreensão ocorreu após ter recebido uma denúncia anônima de que havia um veículo transportando pescado irregular, a princípio somente o pescado. “Fizemos uma fiscalização de rotina e abordamos o veículo suspeito com o pescado, primeiramente encontramos uma caixa de isopor com pescados em pouca quantidade, mas condutor não apresentou nenhuma documentação e em uma vistoria mais minuciosa no veículo, acabamos encontrando duas tartarugas e mais uma manta de aproximadamente 4 Kg da espécie Pirarucu, cuja pesca no estado de Mato Grosso”.
O ex-parlamentar, que exerceu o mandado de 2004 à 2008, viajava com a esposa, filhos e uma outra jovem senhora, também da família de Novo Santo Antonio, onde reside para a casa dos pais, em Barra do Garças.
Keith Olivetti disse ao Água Boa News que para quem é criado como ribeirinho é normal o transporte peixes e tartarugas para a alimentação e que a denúncia poderá ter partido da classe política, haja vista que a sua esposa trabalhava na secretaria de Assistência Social, na administração do prefeito Valdenir Antonio da Silva, conhecido como “Quatro Olhos”, que morreu assassinado com três tiros dentro de sua casa em julho do ano passado. Após a morte ela foi exonerada pelo atual prefeito.
O suspeito, juntamente com os pescados apreendidos, foram encaminhados para a Policia Judiciária Civil de Água Boa e, após pagar fiança, foi liberado e continuou a viagem.
                                          (Foto: Kassu / Água Boa News)
Veja mais fotos aqui.
Fonte: Água Boa

terça-feira, 24 de abril de 2012

Plantações de dendê ameaçam habitat de orangotangos de Sumatra




As plantações de dendê cobre 1,6 mil hectares da floresta de Tripa, refúgio de cerca de 700 orangotangos dos 6,6 mil que sobrevivem na ilha indonésia de Sumatra. Tripa pertence ao ecossistema de Leuser, uma grande extensão de selva na qual há 8,5 mil tipos de plantas, árvores de até 70 metros de altura e mais de 350 espécies raras de pássaros, 194 de répteis e 129 de mamíferos.















Nesta floresta do noroeste do arquipélago indonésio, os orangotangos dividem espaço com elefantes, rinocerontes e os tigres da Sumatra.
“Leuser é um lugar único e um dos de maior biodiversidade do mundo. Abriga uma grande variedade de ecossistemas, mangues, turfeiras, praias, florestas tropicais de terras baixas, zonas de montanhas e alpinas”, explicou à Agência Efe a espanhola Arantzazu Acha, coordenadora dos projetos ambientais da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) na Indonésia.
Uma massa florestal densa, úmida e impenetrável que está cercada pelos dendezeiros, uma árvore procedente da África que consome grandes quantidades de água, que não permite que nenhuma outra planta cresça ao redor e da qual os animais selvagens não se aproximam.
O indonésio Irwandi Yousef, que assinou quando era governador da província de Aceh a concessão de 1,6 hectares à empresa Kallista Alam para o cultivo de dendê, reconheceu que o contrato foi “moralmente errôneo”, embora o tenha defendido como uma forma de chamar a atenção mundial sobre as florestas da Sumatra.
“A comunidade internacional acredita que nossas florestas são um depósito livre para seu dióxido de carbono”, disse Yousef à imprensa nesta semana.
O ex-governador desta região autônoma compartilha com o governo central de Jacarta a opinião que a proteção da floresta e dos animais que nela habitam deve ser compensada com ajudas econômicas.
“(Todos) dizem que querem ar limpo e proteger as florestas (…) mas o que fazem é inalar nosso ar sem pagar nada”, apontou o destacado político da região.
Os ecologistas asseguram que as explorações de azeite de dendê se transformaram nas últimas décadas no pior inimigo dos orangotangos, espécie em perigo crítico de extinção e extremamente vulnerável devido à sua lenta reprodução e à necessidade de um habitat amplo.
O parque nacional de Leuser está protegido por uma ferrenha legislação, o que não pode ser dito quanto ao ecossistema a que pertence, que cobre 2,6 milhões de hectares e onde muitas áreas dependentes da vontade política para a preservação.
Segundo a coordenadora da Unesco, “uma das principais razões para a diminuição das povoações de animais de vida selvagem é o desaparecimento de seu habitat”.
E, precisamente, a maioria das espécies em perigo “tem seu habitat primário nas florestas tropicais de terras baixas, abaixo dos 900 metros, que são as áreas mais propicias para as expansões agrícolas, especialmente, os cultivos extensivos de dendê”, acrescentou Arantzazu.
Entre 1985 e 2007, 49,3% das florestas da Sumatra desapareceu devido à exploração agrícola, a maior parte em zonas de pouca altitude e habitadas por orangotangos, segundo os dados da Unesco.
Cerca de 80% das florestas são agora de dendezeiros, árvore da qual se extrai um produto vegetal empregado para fazer biocombustíveis e cosméticos, e que deu lugar a uma indústria da qual a Indonésia é o principal abastecedor em nível mundial.
A Indonésia é o terceiro país do mundo com maior superfície florestal e o que registra a taxa de desmatamento mais alta, o que contribuiu para que agora seja o terceiro principal emissor de dióxido de carbono, atrás de China e Estados Unidos.
Fonte: Terra

Pássaros se comunicam em frequências mais altas nos centros urbanos




Foto: Reprodução
Motoristas presos no engarrafamento buzinam sem piedade, enquanto uma broca quebra parte da calçada. Do outro lado da rua, uma construção faz com que o som de marteladas ecoe por toda a rua. Acrescente o barulho de pessoas conversando, cachorros latindo, vendedores ambulantes, e o resultado será muito próximo ao que se ouve em grandes cidades. Agora imagine o que você faria se fosse um pássaro tentando se comunicar com os companheiros de espécie em meio a essa confusão sonora. Gritaria? Pois é justamente o que eles fazem: piam a plenos pulmões.
Não é novidade para a ciência que, em ambientes urbanos, algumas aves, como pardais, chapins-reais e melros, cantam em frequências mais altas. Uma teoria dizia que essa era uma maneira de competir com a barreira acústica das metrópoles, que costuma ter uma frequência baixa. Agora, pesquisadores das universidades de Copenhague (Dinamarca) e de Aberystwyth (Reino Unido) descobriram que essa estratégia se deve também à própria estrutura física das cidades, como prédios, muros e demais obstáculos. Mesmo quando a cidade está silenciosa, essas aves continuam “falando mais alto”.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores compararam o canto de chapins-reais inseridos nas duas realidades. “Usamos nove gravações, seis representando os cantos rurais típicos e três urbanos. Testamos a degradação do som nos dois ambientes”, detalha ao Estado de Minas Torben Dabelsteen, pesquisador do Departamento de Ecologia e Evolução da Universidade de Copenhague e um dos principais autores do trabalho.
Segundo ele, as variações estruturais das cidades refletem e distorcem o som de diversas maneiras – o que faz com que os pássaros de ambientes urbanos precisem fazer o possível para reduzir as interferências para se comunicar efetivamente. Mas o autor é cuidadoso: ainda é cedo para afirmar que esse é um traço evolutivo ocasionado pelo comportamento humano. “Ainda não sabemos se é algo herdado, mas, se fosse apenas evolução, os filhotes cantariam mais alto assim que nascessem”, argumenta Dabelsteen.
Fernando Pacheco, membro do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos, entidade ligada à Sociedade Brasileira de Ornitologia, ressalta que as mudanças percebidas pela equipe de pesquisadores não se estende, necessariamente, a todo passarinho que passe a viver em centros urbanos. “O tipo de ave usado no experimento faz parte do grupo de pássaros com canto aprendido, ou seja, que usam o tom e a frequência que seus pais os ensinaram”, explica.
Segundo Pacheco, pássaros mais primitivos têm cantos inatos, de origem genética. Por isso, as mudanças na frequência das músicas não dependem da pressão do ambiente. Para as que tiveram aulas de canto, contudo, a música funciona como os idiomas dos humanos: se o pai pássaro não sabia uma nota ou outra, por exemplo, passa o desconhecimento ao filhote. “Isso cria alguns ‘dialetos’, como se fossem sotaques”, complementa Pacheco. Se o progenitor consegue benefícios melhores cantando mais alto (como mais chances de ser notado e, consequentemente, mais oportunidades de ser escolhido pela fêmea, por exemplo), ele certamente ensinará o pássaro mais novo a fazer o mesmo.
Regina Macedo, especialista em comportamento animal e professora do Departamento de Zoologia da Universidade de Brasília, acrescenta que a vocalização é crucial para que as aves consigam sobreviver, seja entre os prédios ou em meio às árvores. “Assim como a coloração, o canto é uma maneira de eles se comunicarem”, diz. “Um macho que não consegue cantar ou transmitir a informação de maneira adequada não se reproduz.” A flexibilidade evolutiva para modular a canção faz não só com que as aves sobrevivam ao caos sonoro, mas ajuda as notas a desviarem dos prédios e demais empecilhos. Para ela, o estudo inova ao levar em consideração a configuração das cidades como um fator que também tem seu papel no canto dos pássaros – ao contrário de pesquisas anteriores, que usavam apenas o barulho como referência.

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